SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)
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38298 - TEORIA CRÍTICA E FORMAÇÃO POLÍTICA NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: AS LUTAS EM DEFESA DA DEMOCRACIA E CONTRA AS DESIGUALDADES DO CONTEXTO NEOLIBERAL GUSTAVO DE OLIVEIRA FIGUEIREDO - UFRJ, HENRY ARMAND GIROUX - MCMASTER UNIVERSITY (CANADA)
Apresentação/Introdução Investigamos o papel da teoria crítica para a construção de uma consciência política na educação em saúde. Analisamos as consequências após 20 anos de neoliberalismo no contexto internacional e como sua vertente autoritária tem induzido o aumento das desigualdades. Discutimos a importância de uma cultura politica na formação para promover o exercício da cidadania e o compromisso com a democracia.
Objetivos Pesquisar como a formação política na educação em saúde pode contribuir para a redução das desigualdades e como a vivência de práticas sociais engajadas durante a formação pode fomentar a agência social e a participação numa cultura democrática.
Metodologia Realizou-se uma revisão sistemática da literatura internacional explorando significados científicos e aplicações práticas das categorias Educação Política, Desigualdade Social, Cidadania e Democracia no contexto contemporâneo. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Google Scholar; ERIC; NDLTD e SciELO. Compuseram o corpus de análise 51 artigos em inglês, espanhol ou português publicados entre 1999 e 2019. Os resultados foram agrupados e discutidos em três categorias: i. Formação para a cidadania e educação política, teorias e práticas; ii. Política, direitos humanos e valores democráticos na educação; iii. Relações entre Estado, cidadãos e sociedade civil.
Resultados Após 20 anos de domínio neoliberal, a cultura cívica, os valores democráticos e o diálogo político atrofiaram e regrediram no contexto internacional. Isso se deve em parte à visão de que o empoderamento para a agência social é perigosa e precisa ser controlado por práticas conservadoras de educação em saúde. Sob um regime cada vez mais autoritário, surgiu uma máquina pedagógica de poder empenhada em difundir uma cultura de ignorância que produz uma forma alienada de repressão política. No entanto, muitas pesquisas argumentam que a educação crítica pode contribuir com a transformação dessa realidade e formar politicamente cidadãos que se engajem nas disputas de poder.
Conclusões/Considerações Na educação em saúde, a formação política pode impulsionar as lutas sociais em defesa da democracia e contra as desigualdades ao estimular no currículo a vivência de experiências individuais e coletivas que envolvam lutas concretas na esfera pública local. Isso parece crucial para o exercício de uma cidadania crítica, que promova o engajamento social e a cultura de participação direta nas democracias contemporâneas ao redor do mundo.
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