SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
44504 - CONHECIMENTO DE DISCENTES DE ENFERMAGEM ACERCA DA POPULAÇÃO LGBTQIA+ BEATRIZ ARAUJO COELHO DE JESUS - ESCOLAS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI, GUSTAVO FRANÇA VIANA - ESCOLAS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI, EDUARDO SODRÉ SOUZA - ESCOLAS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI, JOEL VICTOR MATOSO CRUZ - ESCOLAS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
Apresentação/Introdução A ausência do tema saúde integral da população LGBTQIA+ em cursos da saúde representa uma negligência, cujo déficit de conhecimento de profissionais desta área contribui para piores quadros de saúde desta população. Experiências exitosas sobre à formação evidenciam a necessidade de inclusão do tema na matriz curricular dos cursos da área de saúde como estratégia de redução das iniquidades em saúde.
Objetivos Identificar os conhecimentos de estudantes do curso de enfermagem sobre saúde integral da população LGBTQIA+.
Metodologia Aplicou-se um formulário semiestruturado para coleta dos seguintes dados: convivência com público LGBTQIA+, conhecimento sobre a saúde integral desta população, fonte de conhecimento sobre o assunto abordado, nível de preparo para o atendimento à população LGBTQIA+ e a disciplina e frequência com que o assunto é ofertado para os discentes da graduação de enfermagem. Para análise, os dados foram exportados em planilhas e, posteriormente, transformados em gráficos. Essa pesquisa faz parte do projeto "Enfer-Margens: cuidado em saúde para populações vulnerabilizadas", aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição de ensino, sob o número do CAAE:50602221.3.0000.5492.
Resultados 58 estudantes do último ano do curso de enfermagem responderam à pesquisa. A maioria do sexo feminino, com idade entre 17 e 24 anos, autodeclarada negras (55,1%) e renda média de 1 a 5 salários-mínimos (58,6%). Relataram contato frequente com pessoas LGBTQIA+, baixo conhecimento a saúde integral destas pessoas e por isso sentem-se despreparadas para prestar assistência à saúde às mesmas. Relataram que o tema foi pouco ou quase nunca abordo durante o curso. São fontes principiais de conhecimento sobre o tema: redes sociais, curso de graduação, TV, revistas e jornais. A idade, renda, classe social, religião e tempo do curso, parecem interferir no nível de conhecimento sobre o tema.
Conclusões/Considerações Incluir o tema de saúde da população LGBTQIA+ no curso de enfermagem é uma estratégia para reduzir o déficit de conhecimento desta categoria profissional e oferecer respostas positivas para esta população. O desenvolvimento de competência cultural pode ampliar o escopo teórico e prático da enfermagem na redução das iniquidades em saúde. Para fins de consolidação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde recomenda-se mais estudos sobre este tema.
|