Sessão Assíncrona


SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

42485 - EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL PARA A FORMAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL: EXPERIÊNCIAS DO PET-SAÚDE INTERPROFISSIONALIDADE
CECÍLIA LIMA SANDOVAL - UFMS, GUSTAVO DE SOUZA GOMID - UFMS, ALBERTO MESAQUE MARTINS - UFMS, RODRIGO GUIMARÃES DOS SANTOS ALMEIDA - UFMS


Apresentação/Introdução
A formação de profissionais sempre foi, e ainda é um desafio para o alcance do cuidado integral em saúde. Apesar das lutas e dos avanços por novas propostas de formação em saúde, persistem modelos distantes das demandas tanto do SUS quanto da sociedade. Neste contexto, a Educação Interprofissional (EIP) apresenta-se como uma potência no movimento de transformação da lógica de formação em saúde.

Objetivos
Analisar as práticas de EIP apresentadas no I Seminário Nacional de Experiências de Educação Interprofissional do PET-Saúde, realizado em Setembro de 2020, entendendo como os grupos de trabalho compreendem e expressam suas diferentes práticas EIP.

Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de caráter bibliográfico. Foram analisados 303 resumos submetidos e aprovados pela comissão científica do evento. A partir do trabalho de dois pesquisadores independentes e posterior comparação e validação por um terceiro pesquisador, realizou-se uma caracterização das propostas apresentadas no evento. Em seguida, buscou-se compreender os limites e os desafios no desenvolvimento das práticas de EIP, apresentadas por seus proponentes, a partir de uma análise de indicadores da EIP preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Resultados
Os resumos são, em sua maioria, experiências (88,8%) desenvolvidas principalmente na região Sudeste (32,2%) e provenientes de instituições públicas de ensino (80,5%). A maior parte atende aos indicadores da OMS, configurando-se como propostas de EIP. Nesse sentido, um número expressivo (59,1%) de trabalhos descrevem processos de aprendizagem mútua entre os membros da equipe interprofissional que, na maior parte deles (88,1%), é constituída por pelo menos duas ou mais profissões em saúde. Porém, são menos frequentes (40,3%) as propostas de práticas que incentivem o protagonismo dos usuários e das comunidades na sua condução bem como (5,3%) incidam sobre Determinantes Sociais da Saúde (DSS).

Conclusões/Considerações
A EIP, apesar de ainda incipiente no cenário brasileiro, começa a ganhar forças e formas. O estudo explicita que é possível encontrar no país práticas formativas que congregam uma diversidade de profissionais que constroem um novo modo de agir ético na formação em saúde, na contramão do discurso biomédico e fragmentado. Logo, a EIP pode ser apontada como disparadora de novos processos de aprendizagem e prática no âmbito da saúde.