SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
41445 - AÇÃO DE EXTENSÃO: CURSO “VIOLÊNCIA CONTRA MULHER: UMA ABORDAGEM PARA ALUNOS DA GRADUAÇÃO” ELAINE LEANDRO MACHADO - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL, FACULDADE DE MEDICINA, UFMG, BRUNA LOPES MORAIS - GRADUANDA EM MEDICINA, UFMG, IANN LEONEL ROBERT SOARES - GRADUANDO EM MEDICINA, UFMG, BEATRIZ COSTA - GRADUANDA EM MEDICINA, UFMG, GABRIELA ALBERTINO VIEIRA - GRADUANDA EM MEDICINA, UFMG, GABRIELA YUMI TSUBONO - GRADUANDA EM MEDICINA, UFMG, ISADORA TUCCI DE PAIVA - GRADUANDA EM MEDICINA, UFMG, LAURA ROSA POEIRAS SALVADOR SILVA - GRADUANDA EM MEDICINA, UFMG, ADALGISA PEIXOTO RIBEIRO - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL, FACULDADE DE MEDICINA, UFMG, GRAZIELLA LAGE OLIVEIRA - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL, FACULDADE DE MEDICINA, UFMG
Período de Realização 08 a 12/2021: Elaboração do conteúdo e teste do ambiente virtual.
01 a 03/2022: Realização do curso.
Objeto da experiência Curso “Violência contra mulher: uma abordagem para alunos da graduação” disponibilizado no Moodle para alunos de Instituições de Ensino Superior.
Objetivos Apresentar as principais correntes teórico-metodológicas que embasam a abordagem da violência contra a mulher, as diretrizes da rede de enfrentamento, com foco em uma atuação mais qualificada e humanizada de futuros profissionais no cuidado à saúde da mulher em situação de violência.
Metodologia Curso de 20 horas, elaborado segundo princípios de educação a distância (EaD), totalmente on-line e autoinstrucional, com conteúdo, atividades e avaliação disponibilizados em ambiente virtual de aprendizagem (Moodle). Composto por 4 módulos: Desigualdade de gênero, violência contra mulher e políticas públicas, Inclusão da violência na agenda da saúde, Acolhimento, atendimento, notificação e encaminhamento da mulher em situação de violência e Rede de Atendimento à Mulher em Situação de violência.
Resultados Dos 136 inscritos no curso, 49 participantes obtiveram certificados. Desses, 90% eram mulher, 70% alunos da UFMG e 30 % de outras instituições de ensino superior. Após análise dos questionários pré e pós curso, verificou-se que mesmo os participantes que afirmaram terem conhecimento sobre as desigualdades de gênero e violência contra mulher, a maioria dos participantes não tinham conhecimento sobre a notificação de violências, as diretrizes e os fluxos da rede de enfrentamento da violência.
Análise Crítica Professores e alunos do Projeto de Extensão Violência de Gênero e Saúde (UFMG) desenvolveram o curso a partir da percepção de que, apesar de a violência ser grave problema de saúde pública, grande parte dos alunos que atuarão no setor saúde não conhecem as estratégias de identificação e condutas adequadas na abordagem da violência contra a mulher. Os resultados dos questionários dos participantes mostraram que essa temática não é abordada na graduação, destacando a importância desse curso.
Conclusões e/ou Recomendações A formação acadêmica atual, ainda, é marcada pelo modelo biomédico, com currículos que não abordam a violência de uma forma multidisciplinar, o que pode gerar insegurança na identificação e tomada de decisão na assistência às vítimas. É urgente a inclusão do tema nos cursos da saúde por meio de estratégias de discussão de casos, das condutas necessárias para uma abordagem qualificada e humanizada no cuidado à pessoa em situação de violência.
|