Sessão Assíncrona


SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40302 - EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE POR MEIO DE OFICINA SOBRE AUTOMEDICAÇÃO E POLIFARMÁCIA NA FEIRA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE CAMARGO/RS
MAURO DOS SANTOS ORTIZ - UFFS, BRUNO ZILLI PERONI - UFFS, VANDERLÉIA LAODETE PULGA - UFFS, NICOLAS GALVÃO DE MORAES - UFFS, MARIA EDUARDA RODRIGUES DA SILVA - UFFS, DEISE ZWIRTES - UFFS, ANDRIELI BOEIRA BARREMAKER - UFFS


Período de Realização
A oficina foi realizada no dia 18/03/2022, entre 9 e 17 horas, em uma Feira Municipal de Saúde.

Objeto da experiência
Tendo como enfoque a população de Camargo, estimada pelo IBGE em 2.750 pessoas, a oficina abrangeu servidores de saúde e a população de modo geral.

Objetivos
Conscientizar, por meio de um diálogo de via dupla, a população sobre os riscos trazidos pela automedicação e seus efeitos maléficos quando utilizadas de maneira incorreta, além da importância da orientação de um profissional de saúde quando necessário um uso combinado de diferentes medicamentos.

Metodologia
Em um estande da Feira de Saúde de Camargo, elaborou-se: uma banca com folhetos que traziam informações sobre automedicação e descarte correto de medicamentos, além de caixas de “preventril” que continham instruções sobre o uso consciente de fármacos, disponibilizados pela ESF local; um espaço para conversa individual ou em pequenos grupos que consistia em uma dinâmica sobre os efeitos maléficos, o armazenamento e o descarte adequado de fármacos e os riscos que envolvem a polifarmácia.

Resultados
Durante o dia passaram, sobretudo, crianças e adolescentes com idade entre 4 e 17 anos levadas pelas escolas, com as quais obteve-se conversas diferentes conforme idade e nível de conhecimento prévio, envolvendo os tópicos já abordados. Também passaram os agentes municipais de saúde, com os quais se levou uma conversa mais técnica que cumpriu com o objetivo de elevar o conhecimento sobre o tema. Em menor número, passaram adultos e idosos do município, com os quais foi abordado a mesma temática.

Análise Crítica
Percebeu-se que o conhecimento popular tinha o saber de que o uso excessivo de medicamentos pode trazer problemas, porém, não se sabia a magnitude dessas complicações, o que gerou surpresa nos participantes, inclusive em agentes de saúde. Sobre a polifarmácia, evidenciou-se que os membros da comunidade não tinham, no geral, consciência de que alguns medicamentos podem anular o efeito de outros, o que tornou o diálogo muito relevante.

Conclusões e/ou Recomendações
Dinâmicas de educação popular em saúde são fundamentais para a aplicação da ciência no cotidiano familiar e para a promoção da autonomia dos cidadãos, conforme proposto no SUS. Percebeu-se que a comunidade continha conhecimentos quanto à automedicação e polifarmácia, porém, em geral, eles iam contra as recomendações, o que pode ser revertido por meio de um diálogo transversal que proporcione uma troca de saberes, abolindo a imposição unidirecional.