Sessão Assíncrona


SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40101 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE CONTROLE NA FORMAÇÃO EM SAÚDE
RODRIGO DE OLIVEIRA AZEVEDO - GHC, ELISANDRO RODRIGUES - GHC, DANIEL DEMÉTRIO FAUSTINO-SILVA - GHC


Apresentação/Introdução
Durante o estado de calamidade ocasionado pela pandemia da Covid-19, a Lei 14.040/2020 estabeleceu normas educacionais excepcionais a serem adotadas. A referida Lei ainda autorizou as instituições de educação, inclusive para os cursos de graduação da área da saúde, a desenvolverem atividades pedagógicas não presenciais por meio do uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs).

Objetivos
Neste contexto, a presente pesquisa pretende descrever o modo como docentes e discentes relacionados à formação em saúde caracterizam “tecnologias educacionais” e descrever o modo como essas tecnologias contribuem para a subjetivação desses sujeitos.

Metodologia
A pesquisa orienta-se pela abordagem qualitativa. A coleta de dados se realizada por meio de entrevistas cartográficas semiestruturadas desencadeadas a partir de quatro questões: 1) O que você entende por "tecnologias educacionais"?; 2) O que você entende por “tecnologias da educação na saúde”?; 3) Você conhece ou utiliza alguma? Caso sim, qual(is)?; e 4) A utilização dessa(s) tecnologia(s) influencia a sua formação profissional? Em caso afirmativo, como? Os sujeitos participantes da pesquisa são docentes (professores e preceptores) e discentes (alunos e residentes) de cinco cursos da área da saúde de distintos níveis de ensino vinculados ao Grupo Hospitalar Conceição (Porto Alegre/RS).

Resultados
Os resultados parciais da pesquisa possibilitam refletir que a adoção de tecnologias de informação e comunicação durante a pandemia por cursos técnicos, de graduação e pós-graduação configura um incremento da incorporação de práticas peculiares às sociedades de controle aos processos de formação dos profissionais da saúde. Neste sentido, tal adoção, aparentemente, tem contribuído para a produção de subjetividades docentes (profissionais da saúde) e discentes (futuros profissionais da saúde) identificadas com aquele tipo de sociedade.

Conclusões/Considerações
O trabalho na saúde ainda pode ser caracterizado como um conjunto de práticas disciplinares. Assim, na continuidade, há a necessidade de se refletir sobre possíveis efeitos da incorporação de subjetividades identificadas com as sociedades de controle a lógicas de trabalho disciplinares e sobre a adequação desses processos formativos mediados por TICs ao preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos da Saúde.