Sessão Assíncrona


SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

39943 - CONTRIBUIÇÕES DAS PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO, ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE PARA A FORMAÇÃO MÉDICA
CAROLINA REGO CHAVES DIAS - UESB, SAULO VASCONCELOS ROCHA - UESB, LUCIANA ARAÚJO DOS REIS - UESB, LEANDRO NASCIMENTO BERTOLDI - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MANSIDÃO


Apresentação/Introdução
As Práticas de Integração, Ensino, Serviço e Comunidade (PIESC) caracterizam-se como um eixo de aproximação da comunidade acadêmica com os serviços de saúde e com a sociedade. Inseridas desde o primeiro período da graduação, constituem-se como uma ferramenta capaz de aproximar os futuros médicos a uma formação cada vez mais pactuada com as demandas de saúde no contexto do Sistema Único de Saúde.

Objetivos
Analisar a percepção dos discentes e docentes sobre as contribuições das PIESC para a formação médica.

Metodologia
Trata-se de um estudo qualitativo, com amostra constituída por 24 discentes e 6 docentes, cujos dados foram coletados no período de abril a julho de 2021, em uma universidade do sudoeste baiano. Os critérios de inclusão foram: alunos matriculados regularmente no quinto período e docentes efetivos nos módulos das PIESC I, II, III e IV. A seleção destes sujeitos foi delimitada pela saturação dos dados. Aplicou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas, sendo utilizada a análise de conteúdo de Bardin na modalidade temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CAEE nº 40776020.9.0000.0055), com base na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

Resultados
A maioria dos entrevistados era do sexo masculino (54,1%) entre os discentes e feminino entre os docentes (66,6%). A faixa etária de maior frequência, entre os alunos, foi de 20 a 29 anos (79,1%), enquanto que, dentre os professores, foi de 30 a 39 anos (66,6%). Os participantes do estudo reconheceram a inserção das PIESC como uma oportunidade de atualização do conhecimento, por meio da imersão teórico-prática integrada a temas que englobam aspectos socioculturais, alinhados à realidade local e ao contexto fisiopatológico das doenças. Ainda, a interação entre o estudante e a equipe de saúde contribuiu não apenas para a formação médica, mas também para a melhoria da qualidade da assistência.

Conclusões/Considerações
A inserção desta prática, como eixo de integração entre o ensino, serviço e a comunidade, proporciona a aquisição e o desenvolvimento de habilidades essenciais na formação médica para a prestação do cuidado efetivo, coletivo, integral e humanístico. Essas contribuições extrapolam o contexto do ensino, sendo referência para obtenção de um profissional médico cada vez mais preparado para atuar nos espaços de inserção do Sistema Único de Saúde.