Sessão Assíncrona


SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

39255 - A FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA EM CURSOS DE FONOAUDIOLOGIA DO NORDESTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DOS ATORES CURRICULARES
MAURÍCIO WIERING PINTO TELLES - UFRN, LUIZ ROBERTO AUGUSTO NORO - UFRN


Apresentação/Introdução
Os cursos de fonoaudiologia, com a implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais, ampliaram a oferta de componentes curriculares de saúde coletiva, buscando fortalecer a inserção dos estudantes no SUS. Contudo, ainda são inúmeros os desafios para a superação da formação centrada na clínica terapêutico-reabilitadora, o que estimula a analisar a situação da formação em saúde coletiva nessa área.

Objetivos
Analisar a formação em saúde coletiva nos cursos de graduação em fonoaudiologia de Instituições de Educação Superior (IES) públicas do Nordeste brasileiro, a partir da perspectiva de docentes e discentes.

Metodologia
Pesquisa qualitativa, estudo de caso múltiplo que teve como cenário sete IES do Nordeste. São sujeitos da pesquisa 14 informantes-chave, sendo sete professores fonoaudiólogos que atuam na saúde coletiva e sete estudantes indicados por esses docentes. Para a produção de dados foram realizadas entrevistas abertas que foram gravadas, transcritas e analisadas por meio da técnica de Análise Temática de Conteúdo. O trabalho foi aprovado pelo CEP do Hospital Universitário Onofre Lopes da UFRN, sob o parecer de número 3.735.493, atendendo as orientações da Resolução CNS 466/12 e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados
Nas entrevistas com os docentes emergiram quatro categorias de análise: concepção de saúde coletiva adotada nos cursos, a saúde coletiva no currículo dos cursos de fonoaudiologia das universidades públicas do Nordeste, atos de currículo e possibilidades para a formação no SUS e potencialidades e limites da formação em saúde coletiva segundo os atores curriculares docentes. Já com os estudantes, emergiram três categorias: experiências formativas na saúde coletiva, influência das vivências no SUS para a formação do fonoaudiólogo e potencialidades e limites na formação em saúde coletiva. Tais categorias explicitam a saúde coletiva como forma de orientar a prática fonoaudiológica no SUS.

Conclusões/Considerações
Identificou-se uma compreensão dos docentes sobre a formação em saúde coletiva como espaço privilegiado para a formação no contexto do SUS, ainda que tenha sido observada uma hetegoneidade na concepção de saúde coletiva. Essa também é uma perspectiva dos estudantes, já que esses percebem a saúde coletiva na formação como meio de preparação para a sua futura inserção e prática profissional no âmbito do SUS.