SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
39031 - PROJETO ECLIPSE: PERCURSOS FORMATIVOS INTERSETORIAIS E ENGAJAMENTO COMUNITÁRIO EM TERRITÓRIO ENDÊMICO DA LEISHMANIOSE CUTÂNEA NA BAHIA. BRUNO OLIVEIRA COVA - UFBA, LEO PEDRANA - UFBA, MARCIGLEI BRITO MORAIS - UFBA, PAULO ROBERTO LIMA MACHADO - UFBA, LENY ALVES BOMFIM TRAD - UFBA
Apresentação/Introdução Essa proposta integra o “ECLIPSE-Empoderando pessoas com Leishmaniose Cutânea”: projeto de pesquisa e intervenção que visa melhorar os itinerários do cuidado e reduzir o estigma por meio da educação comunitária em países impactados pela negligência à Leishmaniose Cutânea (LC), incluindo o Brasil. Analisamos os percursos formativos entre agosto/2021 e março/2022, no município de Valença-BA.
Objetivos Analisamos os percursos experenciados nos ciclos (in)formativos realizados entre agosto/2021 e março/2022, no município de Valença-BA. Buscamos reorientar saberes, práticas e os serviços de saúde para o cuidado às pessoas afetadas pela LC.
Metodologia Apresentamos à membros das comunidades, da educação e saúde locais, um formulário de intenções e, tivemos 86 interessades, 60 efetivaram sua participação. As Oficinas Formativas foram estruturadas numa abordagem ampliada de saúde, com perspectiva colaborativa e partilhada de experiências com encontros que totalizaram 20 horas de ciclos (in)formativos. Devido à COVID19, todos os encontros foram síncronos com a primeira turma, além de atividades assíncronas. Já na segunda turma 75% da carga horária foi presencial. Adotamos a pedagogia PBL - Problem-Based Learning, através da proposição de atividades para debate inicialmente em grupos pré-estabelecidos e, subsequentemente, com toda turma.
Resultados Formamos um público heterogêneo, de perfil multiplicador: uma turma com profissionais da educação rural e outra com da saúde, que atuam na zona urbana. O engajamento foi sensivelmente maior nos encontros presenciais, talvez pela acessibilidade à internet. A maioria das participantes eram mulheres negras, profissionais de saúde, com alto nível de escolaridade, moradoras da zona urbana. Um pequeno grupo destas teve a LC, mas a maioria conhece pessoas acometidas pela doença. Avaliamos com instrumentos qualiquantitativos o baixo nível prévio de conhecimento sobre LC das interessades, que apontaram uma conscientização sobre LC, considerando os saberes trocados úteis para seu trabalho profissional.
Conclusões/Considerações A abordagem ampliada sobre a LC permitiu refletir sobre a complexidade e dimensões do processo saúde-doença, com destaque para a necessidade de atuações intersetoriais, intervenções coordenadas de prevenção, promoção e cuidado em saúde. Recomendamos estes ciclos (in)formativos com articulação entre saberes e experiências como estratégia de reorientação profissional e engajamento comunitário para o enfrentamento da LC.
|