Sessão Assíncrona


SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

38965 - DIÁLOGOS E DECISÕES: REFLEXÕES DOCENTES E CONCLUSÕES COLETIVAS SOBRE O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
ROGERIO LOPES AZIZE - IMS/UERJ, MARTINHO BRAGA BATISTA E SILVA - IMS/UERJ


Período de Realização
Levando em conta o início da pandemia de covid-19 no Brasil, março de 2020 a setembro de 2021.

Objeto da experiência
Avaliação docente e discente do ensino remoto emergencial (ERE) em um programa de pós-graduação em saúde coletiva (PPGSC) durante a pandemia de covid-19

Objetivos
Refletir sobre experiências docentes a partir da implementação do ERE, incluindo aqui a adaptação do PPGSC, as estratégias de ensino e aprendizagem e as dinâmicas de cuidado. Sistematizar a avaliação coletiva deste processo, a partir de reuniões entre docentes e discentes.

Metodologia
Partimos do que pode ser considerado uma observação participante emergencial e involuntária, em certa medida autoetnográfica: a implementação do ERE para a nova turma de mestrado e doutorado que iniciava suas atividades em março de 2020, às portas do início da pandemia. Análise das pautas e encaminhamentos feitos a partir de 3 reuniões de avaliação do ERE entre docentes e discentes na área de CHS, ao final de dois semestres remotos, bem como quase uma dezena com a representação estudantil.

Resultados
Fadiga de tela, exaustão, “falta de corredor” e também adoecimento foram mencionados pelos participantes das reuniões de avaliação do ERE, apontando para necessidade de dialogar sobre a pandemia de covid-19 por meio de notícias antes das aulas, entre outras mudanças no processo ensino-aprendizagem. O PPGSC decidiu instalar um ambiente virtual de aprendizagem em julho de 2020, possibilitando aulas virtuais. Nota-se uma divisão do tempo em “sala de aula” frente a um regime diferencial de atenção.

Análise Crítica
O impacto da pandemia na rotina institucional do PPGSC ficou explícito nas reuniões com a representação estudantil também, todos avaliando positivamente a experiência de ERE, mas apontando questões como a necessidade de repouso entre semestres que se encavalavam, o cuidado especial com devolutivas, a atenção à pontualidade para início e fim das aulas, a atenção especial ao caráter processual das avaliações e, acima de tudo, empatia. Conteudismo e alto volume de bibliografia foram contestados.

Conclusões e/ou Recomendações
Uma situação como esta desnuda condições diferenciais de acesso e permanência, mesmo em PPGSC pautados pela equidade e diversidade. Condições especiais se colocam, visto que muitos estudantes atuaram na linha de frente do combate à pandemia. Um debate mais amplo sobre as experiências de ERE pode nos tornar mais atentos a problemas encobertos por supostos momentos de normalidade, como é o caso das decisões que não são tomadas de modo dialogado.