Sessão Assíncrona


SA11.1 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

38275 - A FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA E O MUNDO DO TRABALHO
JUSSARA LISBOA VIANA - FSP/USP, MARCO AKERMAN - FSP/USP


Apresentação/Introdução
Analisar as múltiplas inter-relações entre o bacharel em Saúde Coletiva e o mundo do trabalho foi o objetivo principal da pesquisa de doutorado, desenvolvida entre 2018 e 2022. A formação em Saúde Coletiva é analisada a partir de uma historiografia da Saúde Pública brasileira e da atuação profissional de bacharéis em Saúde Coletiva, principalmente, no enfrentamento a pandemia de Covid-19.

Objetivos
a) analisar o conjunto das experiências formativas em Saúde Pública/Saúde Coletiva do país, com destaque para elementos contextuais b) analisar as influências da graduação em Saúde Coletiva na prática dos sanitaristas.

Metodologia
Levantamento e análise da produção de conhecimento sobre a formação de sanitaristas, com o objetivo de compreender alguns dos debates, diretrizes e vertentes educativas que apoiaram ou desafiaram o processo de concepção dessa formação. 12 experiências de bacharéis em Saúde Coletiva no enfrentamento da pandemia, disponíveis em plataformas digitais foram analisadas. E outras 17 também, desta vez, a partir de entrevistas individuais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas da FSP/USP, São Paulo, em 23 de agosto de 2019, CAAE 17825219.4.0000.5421, e financiada com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior – (CAPES) – Código de Financiamento 001.

Resultados
Os projetos formativos são discutidos, de 1889 ao momento atual, a partir das categorias analíticas e interpretativas: a) período; b) conjunção sócio-política; c) prática do sanitarista; d) projeto formativo; d) institucionalização e organização da Saúde Pública. O conceito de “militância lúcida” construído na graduação em Saúde Coletiva, favorece com que os bacharéis queiram, por exemplo, reconhecer a determinação social do processo saúde-doença e inserir a saúde em todas as políticas públicas. Há diversas outras críticas sobre a formação, desde aquelas que reiteram a potência da Saúde Coletiva, até aquelas que expõem fragilidades, com possibilidades de melhorias.

Conclusões/Considerações
Há novidades formativas para a graduação em Saúde Coletiva comparada a outros projetos formativos para a Saúde Pública, no entanto a tal novidade é fragilizada no mundo do trabalho, porque há um cenário de crise dos sistemas de proteção social, assim a atuação do sanitarista é influenciada por elementos contextuais.