Sessão Assíncrona


SA13.6 - PERSPECTIVA ETÁRIA, PROFISSIONAIS DE SAÚDE, FORMAÇÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)

44875 - REFLEXÕES INTERSECCIONAIS COM ACADEMICOS DE SAÚDE: DEBATENDO A DIVERSIDADE, DIFERENÇA E DESIGUALDADE NA UNIVERSIDADE
LUARA DA COSTA FRANÇA - UNIFOR-CE, ANA MATTOS BRITO DE ALMEIDA - UNIFOR-CE, CECYLIA KÁTIA LIMAVERDE PESSOA - UNIFOR-CE, CHRYSTIANE MARIA VERAS PORTO - UNIFOR-CE, DIANA RIBEIRO GONÇALVES DE MEDEIROS GOMES - UNIFOR-CE, ISABEL CRISTINA LUCK C. DE HOLANDA - UNIFOR-CE, LILIANE BRANDÃO CARVALHO - UNIFOR-CE


Período de Realização
Atividade com graduandos da saúde desde 2021, com participação de aproximadamente 1000 alunos.

Objeto da experiência
Criticizar com alunos os alicerces das políticas de saúde a partir de uma perspectiva colonial, na qual o eurocentrismo propõe um sujeito universal.

Objetivos
Atento para o cenário social e impactado pelo aumento de práticas preconceituosas e de segregação no ambiente universitário, visibilizamos esse processo de exclusão real e simbólico. Debatemos o conceito de interseccionalidade como ferramenta metodológica e analítica para acadêmicos de saúde.

Metodologia
Apresentamos aos alunos graduandos nos cursos de saúde de uma universidade privada do nordeste brasileiro, como parte do módulo Saúde e Sociedade, vídeos, obtidos a partir de uma curadoria, como disparador para discutir marcadores de raça, gênero, intolerância religiosa, capacitismo, heteronormatividade, ageismo, etc. e sua articulação com a prática da saúde.

Resultados
A apresentação dos vídeos possibilita aos alunos questionar sua percepção do mundo e das normatizações estabelecidas para corpos sociais e articular de que forma a formação em saúde, as práticas e condicionalidades podem interferir nos processos de cuidado.

Análise Crítica
O entendimento do homem como um ser social e a construção de um conceito ampliado de saúde deve ser contextualizado. As ciências sociais, alinhadas com uma perspectiva interseccional, assumem um papel fundamental para o modo como os conceitos de diversidade mediam modos de subjetivação. Esta análise, por vezes é negligenciada na formação em saúde, a não percepção dos privilégios e como a sociedade articula processos de normalização, enquadramento e desqualificação de certas existências.

Conclusões e/ou Recomendações
A inclusão da temática da diversidade, diferença e desigualdade na formação de profissionais da saúde é fundamental para que possamos romper com os modos de subjetivação postos e permite que os alunos possam assumir posturas de enfrentamento e criticidade, não somente um contexto de respeito, mas a analise de contextos e praticas em saúde para a consolidação de uma sociedade mais justa e igualitária.