Sessão Assíncrona


SA13.6 - PERSPECTIVA ETÁRIA, PROFISSIONAIS DE SAÚDE, FORMAÇÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)

40418 - PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO NA POPULAÇÃO IDOSA RURAL E SEUS FATORES ASSOCIADOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2019
AMANDA GONÇALVES TORRES - UFMS, ALBERTO MESAQUE MARTINS - UFMS, ADRIANE PIRES BATISTON - UFMS, MARIA HELENA RODRIGUES GALVÃO - UFRN, KENIO COSTA DE LIMA - UFRN, ARTHUR DE ALMEIDA MEDEIROS - UFMS


Apresentação/Introdução
O envelhecimento se dá gradualmente e gera alterações fisiológicas, sociais e psicológicas que podem causar ou intensificar quadros depressivos, especialmente após as mudanças que ocorrem nessa fase da vida. Idosos residentes em áreas rurais passam por tais processos e por dificuldades relacionadas às questões de saúde, condições precárias de locomoção e demais situações de vulnerabilidade.

Objetivos
Conhecer a prevalência de depressão em pessoas idosas residentes em áreas rurais e identificar os fatores associados a essa condição.

Metodologia
Foi realizado estudo a partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 tendo como desfecho primário o auto relato de diagnóstico de depressão por pessoas idosas residentes da área rural. A idade, o sexo, a raça/cor da pele, o nível de instrução, o estado civil, a renda domiciliar per capita, a região de residência, a auto avaliação da condição de saúde, o relato de ter sofrido violência psicológica, física e/ou sexual foram consideradas variáveis independentes. Procedeu-se regressão de Poisson multivariada para estimar as razões de prevalência (RP) e no modelo final foram mantidas as variáveis com nível de significância de 5%. Para todas as análises foram considerados os pesos amostrais.

Resultados
A prevalência de depressão entre as pessoas idosas residentes na área rural foi de 8,63%. A regressão de Poisson multivariada evidenciou que a depressão nesta população está associada ao fato de ser mulher (RP=2,40, p<0,001); negra (RP=1,36, p=0,038); ter ensino fundamental incompleto (RP=1,91, p<0,001) ou completo (RP=2,29, p=0,004); ter renda domiciliar per capita entre 3 e 5 salários (RP=2,33, p=0,005); residir na região sudeste (RP=2,72, p<0,001), sul (RP=4,35, p<0,001) ou Centro-Oeste (RP=2,22, p=0,035); avaliar a condição de saúde como regular (RP=1,91, p<0,001) ou ruim/muito ruim (RP=3,24, p<0,001) e ter sofrido violência psicológica nos últimos 12 meses (RP=1,54, p=0,025).

Conclusões/Considerações
Constata-se que há alta prevalência de depressão em idosos residentes em áreas rurais e que fatores pessoais, sociais e econômicos estão diretamente associados ao desenvolvimento de estados depressivos. Faz-se necessária a implementação de políticas públicas e ações que visem a promoção de saúde dessa população, com enfoque especial para a saúde mental.