SA13.6 - PERSPECTIVA ETÁRIA, PROFISSIONAIS DE SAÚDE, FORMAÇÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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40156 - MUDANÇA DA PREVALÊNCIA DE COMPORTAMENTOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS DE ADOLESCENTES BRASILEIROS DE 2015 A 2019 MARCO AURÉLIO DE SOUSA - UFMG, LUANA LEÃO MENEZES - UFMG, ED WILSON RODRIGUES VIEIRA - UFMG, GISELE NEPOMUCENO DE ANDRADE - UFMG, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG, MARIANA SANTOS FELISBINO-MENDES - UFMG
Apresentação/Introdução A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, desde 2009, propõe a vigilância dos fatores de risco e proteção para a saúde dos escolares brasileiros, incluindo os comportamentos sexuais e reprodutivos. Tal monitoramento contribui para identificação de problemas e formulação de políticas públicas que favoreçam equidade, proteção e promoção da saúde dos adolescentes.
Objetivos Descrever e comparar, as estimativas de prevalência dos comportamentos sexuais e reprodutivos dos adolescentes brasileiros que responderam às duas últimas edições da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE).
Metodologia Estudo transversal que utilizou dados de escolares de 13 a 17 anos, de ambos os sexos e de escolas públicas e privadas, que responderam à PENSE. Utilizou-se a amostra da edição de 2019 (n=125.123) e a amostra 2 da edição de 2015 (n=10.926). Utilizou-se um questionário estruturado e autoaplicável, cujo bloco de saúde sexual e reprodutiva possuía 12 questões na edição de 2015 e 13 questões na edição de 2019, o que possibilitou a análise de 9 indicadores de saúde sexual e reprodutiva que se mantiveram em ambas as pesquisas. Estimou-se as prevalências com intervalos de 95% de confiança (IC95%) dos indicadores e cálculo da mudança percentual, entre 2015 e 2019.
Resultados Houve aumento da prevalência de iniciação sexual precoce em ambos os sexos e faixas etárias (13 a 15 e 16 e 17 anos de idade), com destaque para as meninas mais jovens, cujo aumento foi de 425,2%. O grupo das adolescentes mais velhas apresentou maior prevalência de adesão ao preservativo na primeira relação sexual. Acerca do uso de preservativo na última relação sexual, houve diminuição no grupo de adolescentes mais velhos de ambos os sexos, com destaque para os meninos (12,3%). Em ambos os anos, observou-se que as meninas mais jovens receberam mais orientações sobre prevenção de gravidez e sobre infecções sexualmente transmissíveis, quando comparadas com os meninos da mesma faixa etária.
Conclusões/Considerações Houve piora de alguns indicadores e observou-se diferenças entre os sexos, com destaque para o recebimento de orientações e o início precoce das relações sexuais. As questões de gênero refletem na saúde sexual e reprodutiva, já que, devido a padrões históricos e sociais, as mulheres são mais responsabilizadas. É preciso garantir a saúde sexual e reprodutiva destes jovens, a partir da defesa de políticas públicas efetivas e da igualdade de gênero.
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