SA13.6 - PERSPECTIVA ETÁRIA, PROFISSIONAIS DE SAÚDE, FORMAÇÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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38839 - ASSOCIAÇÃO ENTRE INTERSECCIONALIDADE GÊNERO-RAÇA E AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE DE ADULTOS E IDOSOS BRASILEIROS SORAIA PINHEIRO MACHADO - UECE, LARISSA FORTUNATO ARAÚJO - UFC, BIANCA DE OLIVEIRA FARIAS - UECE
Apresentação/Introdução Apesar dos estudos abordarem de forma isolada o efeito das características sociodemográficas na percepção de saúde, estudos que avaliaram como a interseccionalidade de gênero e raça incidem nos sujeitos, em suas experiências no enfrentamento das iniquidades em saúde, e como isso pode afetar em como a população refere sua saúde são escassos em todo o mundo.
Objetivos O objetivo do trabalho foi avaliar a associação entre Interseccionalidade Gênero-Raça e a Autopercepção de Saúde em adultos e idosos.
Metodologia Estudo transversal realizado com 59.537 adultos e idosos participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (2013). As magnitudes das associações entre a interseccionalidade gênero-raça (variável explicativa) e a autopercepção de saúde (variável resposta) foram estimadas por meio do odds ratios (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC 95%), utilizando-se Regressão Logística. Ajustamentos sequenciais foram realizados por idade, escolaridade, macrorregião do Brasil, uso abusivo de álcool, uso de tabaco e prática de atividade física no lazer.
Resultados Homens negros/pardos e mulheres, brancas e negras/pardas, tiveram maiores chances de apresentar autopercepção de saúde regular e ruim, comparados aos homens brancos. Contudo, após completo ajustamento, a associação entre homens negros/pardos e autopercepção de saúde regular não permaneceu estatisticamente significante (OR:1,09; IC95%:0,98-1,22). Maiores magnitudes foram observadas em mulheres brancas (OR:1,66; IC95%1,36-2,03) e especialmente negras/pardas (OR: 2,12; IC95%1,74-2,57), para uma autopercepção de saúde ruim.
Conclusões/Considerações Homens negros/pardos e mulheres, brancas e negras/pardas, apresentaram uma pior autopercepção de saúde, comparados aos homens brancos. Estudar essa relação se faz importante para reconhecer os grupos mais vulneráveis e como essas disparidades sociais afetam a percepção de saúde, priorizando políticas públicas que beneficiem tais grupos.
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