SA13.6 - PERSPECTIVA ETÁRIA, PROFISSIONAIS DE SAÚDE, FORMAÇÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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38634 - REFLEXÕES SOBRE A NORMALIDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: MEDICALIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUBJETIVIDADE EDILENE TEIXEIRA DE SOUZA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, EMILIA CARVALHO LEITAO BIATO - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Apresentação/Introdução Este estudo propõe uma interface entre saúde e educação, a partir do resgate de memórias sobre as vivências escolares de pessoas adultas, com diagnóstico de TDAH, considerando suas percepções sobre normalidade e diferença.
Esta pesquisa qualitativa, se deu pelas inquietações advindas da propagação dos diagnósticos, como forma de explicar possíveis dificuldades de aprendizagem.
Objetivos Este estudo tem, como objetivo geral, fomentar reflexões sobre o processo de diagnóstico de TDAH em pessoas adultas e suas percepções sobre a medicalização e o conceito de normalidade.
Metodologia Trata-se de adendo ao projeto “Saúde – Doença como acontecimento: a aporia nos processos educativos”, coordenado pela professora Emilia C. L. Biato, da Universidade de Brasília. Esta pesquisa tem apoio do CNPq e obteve aprovação pelo Comitê de Ética sob o número de CAAE: 43361320.4.0000.0030.
O método utilizado nesse estudo é a Otobiografia, que significa escutar a biografia, ouvir a história, os relatos, a vida de um indivíduo.
Os participantes foram convidados por não terem dificuldade para falar sobre o diagnóstico que possuem, permitindo a gravação e transcrição de suas falas. A pesquisadora optou por um piloto com adultos, para posteriormente direcionar a crianças em idade escolar.
Resultados Entre os alcances obtidos nessa pesquisa, estão os recortes de trechos transcritos de fala dos participantes quando da escuta otobiográfica.
Cada fala dos participantes, é permeada por suas vivências e afetos e dizem muito sobre os atravessamentos causados pela palavra “Normalidade”.
Denota-se que a escola assume perspectiva de normatização e se constitui numa grande estrutura produtora de moralidade.
Para atender finalidades acadêmicas, a escola promove supressão de singularidades, e desconsidera os mais diversos modos de ser, tão próprios do ser humano. Esse grande potencial excludente, que rotula e reforça a massificação de comportamentos, em prol da disciplina, apaga as diversidades.
Conclusões/Considerações Considerando todos os atravessamentos presentes nos registros de relatos de vivências, infere-se que o diagnóstico não deve ser marcador de destinos.
Todas as questões acerca de normalidade, medicação, diagnóstico e diferença, mobilizam reflexão sobre os fatores produtores de massificação.
A otobiografia com pessoas adultas, inseridas no contexto social e no mercado de trabalho, não anula a necessidade de repensar a inclusão com as crianças.
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