SA13.6 - PERSPECTIVA ETÁRIA, PROFISSIONAIS DE SAÚDE, FORMAÇÃO E CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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38567 - GÊNERO, RAÇA E “PROBLEMAS EXTERNALIZANTES” EM UM SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL INFANTIL SAÚDE MENTAL INFANTIL ANNA FLYNN - UFBA
Apresentação/Introdução O trabalho considera a importância de construir um olhar que integre raça e gênero no ambito das pesquisa e práticas em saúde mental infantil
Objetivos
Este estudo visa caracterizar o perfil de crianças que apresentaram queixas envolvendo “problemas externalizantes” em um serviço de saúde mental infantil situado em Salvador, Bahia.
Metodologia Com base nas fichas de acompanhamento das 97 crianças que frequentaram o serviço em 2018, as seguintes variáveis foram levantadas: idade, sexo, raça/cor, motivo de procura, arranjo familiar, principal acompanhante, procedência de encaminhamento e queixa escolar. Com as variáveis levantadas, os dados foram organizados em uma planilha e submetidos à análise estatística simples incluindo a identificação de frequências e o cruzamento de algumas variáveis.
Resultados Encontramos diferenças na proporção de problemas externalizantes vinculadas às variáveis sexo, raça/cor e queixa escolar. A maioria das crianças são negras (71,14%), do sexo masculino (70,10%), com idade entre de 4-9 anos (61,85%). Foram trazidas queixas envolvendo problemas externalizantes para 54,42% dos meninos e 31,03% das meninas e para 56,41% das crianças pretas, 56,67% das crianças pardas e 40% das crianças brancas. Chama a atenção a alta frequência de queixas escolares relacionadas a crianças que apresentaram problemas externalizantes e a maior proporção de queixas escolares entre crianças pretas quando comparadas às crianças pardas e brancas.
Conclusões/Considerações Os resultados reiteram alguns achados de estudos anteriores, como as diferenças de gênero, e inovam ao trazer algumas relações com raça/cor e queixa escolar. Destaca-se a necessidade de aprofundar este recorte em novos estudos visando o fortalecimento de práticas de saúde não sexistas e antirracistas.
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