Sessão Assíncrona


SA13.5 - POVOS ORIGINÁRIOS, VIOLÊNCIA E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

44585 - A TRAJETÓRIA E PERMANÊNCIA DE JOVENS INDÍGENAS NA UFAM: A TRANSFORMAÇÃO DO ESTIGMA EM PROTAGONISMO.
ROSEMARY AMANDA LIMA ALVES - UFAM, CONSUELENA LOPES LEITÃO - UFAM, RANIELE ALANA LIMA ALVES - ILMD FIOCRUZ AM


Apresentação/Introdução
Esta pesquisa aborda a trajetória de estudantes mulheres indígenas no ensino superior em instituições públicas. Discorre sobre as políticas de acesso, práticas afirmativas e mecanismos que possibilitam o ingresso de estudantes indígenas neste ambiente universitário. Além de analisar os pontos que dificultam ou dificultaram a permanência destes jovens estudantes na Universidade.

Objetivos
Buscar o entendimento sobre a trajetória de escolarização e o caminho até a universidade, identificando as possibilidades de acesso aos espaços de sociabilidade proporcionados pela universidade, bem como as suas representações individuais

Metodologia
Este estudo se apresenta como uma pesquisa de cunho qualitativo, composto por três momentos: inicialmente foi realizado o levantamento de referências bibliográficas, através de autores que tratam do tema em questão. Posteriormente, foi realizada a coleta de dados da história de vida de três estudantes indígenas moradoras da área urbana da cidade de Manaus, uma delas vinculada à graduação na Universidade do Estado do Amazonas e as outras duas à pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas. Por fim, foram feitas as análises, interpretação e tratamento dos dados, em articulação com teoria, com base na psicologia sócio-histórica.

Resultados
Os resultados, deu-se através de três enfoques: o primeiro que discute se as Políticas afirmativas favorecem maior diversidade cultural; o segundo, que aborda a presença e luta indígena na realidade das universidades; e o terceiro que busca compreender a realidade social destas estudantes a partir do enfoque sócio-histórico, discutindo as oportunidades e dificuldades. Nos apontando que ofertar possibilidades de permanência aos estudantes é indispensável para seu desenvolvimento. A experiência de cursar o ensino superior para mulheres passa, além das questões comuns enfrentadas pelos demais estudantes, torna-se conquistas que se materializa em ocupar um espaço antes negado.

Conclusões/Considerações
As falas das entrevistadas merecem destaque e expressam a necessidade de um protagonismo em que essas mulheres se reconhecem como tendo vez e voz, não necessariamente necessitando de um pesquisador que fale por elas, afirmação levantada por estas estudantes para repensarmos também nossas pesquisas. Essas mulheres são produtoras de conhecimento, fazem discursões não somente pela democratização do acesso em educação, mais também em saúde.