SA13.5 - POVOS ORIGINÁRIOS, VIOLÊNCIA E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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42310 - VIOLÊNCIA FÍSICA NO NAMORO DE ADOLESCENTES E JOVENS ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA-BA CLAUDIANA BOMFIM DE ALMEIDA SANTOS - UFRB, MARIA CONCEIÇÃO OLIVEIRA COSTA - UEFS, MAGALI TERESOPÓLIS REIS AMARAL - UEFS, JEAN CARLOS ZAMBRANO CONTRERAS - UEFS, OHANA CUNHA DO NASCIMENTO - UEFS, MARCOS ANTONIO OLIVEIRA SANTANA - UEFS
Apresentação/Introdução A violência nas relações afetivo-sexuais de jovens é um grave problema de saúde pública, que acomete milhares de pessoas, resultando em profundos danos sociais, econômicos e emocionais. A partir de 1980, muitos estudiosos iniciaram pesquisas sobre a temática, que até então, as agressões estavam associadas às relações conjugais de adultos, trazendo à tona a interrelação entre namoro e violência.
Objetivos Estimar a prevalência da violência física (sofrida e/ou praticada) nas relações afetivo-sexuais de jovens e verificar possível associação com eventos violentos em relações íntimas anteriores.
Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal, utilizando uma subamostra de 500 estudantes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre 14 e 24 anos, matriculados na zona urbana de ensino do município de Feira Santana–BA em 2018 e que relataram relacionamento íntimo nos últimos 12 meses e que responderam a totalidade de questões referentes à violência física. Foram estimadas prevalências, análise de associação e regressão logística binária, calculadas pelo teste qui-quadrado de Pearson (x2), adotando-se Intervalos de Confiança de 95% e p-valor<0,05, para significância estatística. A pesquisa interinstitucional foi apreciada e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados Dados da pesquisa evidenciaram prevalência de 15,2% de vitimização física recente e 12,8% dos entrevistados relataram já ter agredido fisicamente sua(seu) parceira(o). As variáveis vitimização e perpetração de violência física recente mostraram associação significativa (p<0,001). Quanto ter sido vítima recente de agressões físicas em relações íntimas anteriores (exceto os últimos 12 meses) mostrou uma chance de 5 vezes maior de continuar sendo vitimizado na relação atual. Entre os agressores de violência física recente mostrou uma chance de 10 vezes maior de sofrer as mesmas agressões perpetradas nas relações recentes, apontando assim para a reciprocidade das agressões.
Conclusões/Considerações Nos relacionamentos afetivo-sexuais dos adolescentes e jovens investigados, parece haver um padrão de reciprocidade das agressões física. Diante disso, destaca-se a importância de medidas de intervenção nessa área, uma vez que nessa fase de vida que geralmente acontecem as primeiras experiências amorosas e se permeada por violência tais comportamentos podem ser naturalizados e perpetuados como parte integrante das relações sociais e afetivas.
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