SA13.5 - POVOS ORIGINÁRIOS, VIOLÊNCIA E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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40969 - VIOLÊNCIA CONTRA MULHER EM CONTEXTO DE VULNERABILIDADE SOCIAL EM CIDADE DE TRÍPLICE FRONTEIRA. MARIANE MAIARA BECKER - RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA - UNILA, MARIETA FERNANDES SANTOS - UNIOESTE, SHEILA CRISTINA ROCHA-BRISCHILIARI - UNIOESTE, GABRIELA KAUANE DA SILVA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FOZ DO IGUAÇU, JENNIFER DA SILVA KLIPPEL - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FOZ DO IGUAÇU, WESLEY MARTINS - UNIOESTE E UDC, OSCAR KENJI NIHEI - UNIOESTE
Apresentação/Introdução A violência contra a mulher é um tema de grande magnitude para as políticas públicas no Brasil, visto que dá origem a milhares de vítimas a cada ano. E abrange aspectos como o de violência física, sexual e psicológica em locais como: comunidade, âmbito familiar e doméstico, sendo considerado um problema de saúde pública resultando em custos sociais e individuais elevados.
Objetivos Este estudo visa estimar a prevalência de violência por parceiro íntimo contra mulheres em vulnerabilidade social e identificar fatores associados em uma cidade de tríplice fronteira.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo e transversal, com 500 mulheres usuárias dos Centros de Referência de Assistência Social do município de Foz do Iguaçu, PR, mulheres na faixa etária de 15 a 49 anos, que tiveram pelo menos uma vez parceiro íntimo. As entrevistas para o levantamento da violência física, sexual e psicológica serão as questões do estudo multipaíses da Organização Mundial da Saúde (OMS) – WHO Multi-country Study on Women’s Health and Domestic Violence against women. Para a análise dos dados foram realizadas análises exploratórias por meio do procedimento PROC FREQ do software SAS 9.4 e os possíveis fatores de risco ou de proteção entre as variáveis com base na OR (Odds Ratio).
Resultados A maior prevalência foi de violência psicológica (58,6%), física (48,4%) e sexual (17,8%) e destas 14,6% apresentaram os três tipos de violência. Quanto aos aspectos sócio demográficos destacaram-se a faixa etária de 36 a 45 anos (32,13%), escolaridade igual ou abaixo de 8 anos (45,64%), cor não branca (65,77%) e renda até um salário mínimo (79,58%). Quanto ao tipo de violência (82,2%) sofreram com tapa e empurrão na violência física, na violência psicológica (88%) relataram insulto e (66,8%) humilhação, quanto à violência sexual (76,4%) teve insulto e (74,1%) ter sido forçada a manter relação sexual. Apontou-se como fatores de risco o álcool e drogas, temperamento e brigas do casal.
Conclusões/Considerações Conclui-se que há necessidade de proporcionar um atendimento acolhedor e humanizado às mulheres que buscam os serviços públicos, proporcionando uma melhor comunicação, procurando diagnosticar precocemente as vítimas de violência e maior visibilidade das mulheres que frequentam os serviços assistenciais e de saúde, destacando-se o Centro de Referência de Assistência Social, quanto à inclusão social e autonomia na busca pelos seus direitos.
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