SA13.5 - POVOS ORIGINÁRIOS, VIOLÊNCIA E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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40748 - VIOLÊNCIA CONTRA MULHER EM CARUARU: ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES DOS CASOS NOTIFICADOS. BRENDA FERNANDA GUEDES - ASCES, YGOR BRUNO SILVA SANTOS - ASCES, PATRICIA FERNANDA FACCIO - ASCES, CLAUDIA DE LIMA RODRIGUES SOUZA - FIOCRUZ/ PERNAMBUCO, EFRAIM NAFTALI LOPES SOARES - UNINASSAU
Apresentação/Introdução A violência contra a mulher é um fenômeno complexo, associado a danos psicológico, moral e físico. Sendo uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, alcançando diferentes classes sociais, idades, escolaridades, raças e orientação sexual. Demonstrando assim a necessidade de analisar o perfil socioepidemiológico para identificar as características em comuns.
Objetivos Analisar os casos notificados de mulheres vítimas de violência.
Metodologia É um estudo descritivo que visa analisar os casos de violência física, psicológica e/ou sexual contra mulheres a partir dos 18 anos de idade, durante o ano 2021, no município de Caruaru- PE. Para aquisição das informações, foi solicitado a carta de anuência a Secretaria Municipal de Saúde, a partir da obtenção da mesma, os dados foram retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sistematizados em planilhas eletrônicas utilizando o programa Microsoft Excel® 2007 e tabulados por meio da ferramenta de tabulação TabWin versão 4.15 do Tab para Windows, analisados descritivamente, obtendo valores absolutos e relativo.
Resultados Com a análise dos resultados observou que foram 422 casos notificados com violências físicas, psicológicas e/ou sexuais, que a maioria das mulheres eram de raça parda com 55,21%, seguido da branca com 35,07%, a negra 8,77%, e a amarela e indígena com menos de 1%. Entre as três violências abordadas a física está em primeiro lugar com 73,46%, seguida da psicológica com 71,56% e a sexual com 20,85%. Entre os 422 casos notificados 179 (42,42%) mulheres sofreram dois tipos de violência e 48 (11,37%) os três tipos. Um ponto relevante é que a maioria das vitimas tinham os bairros de residência em branco e os bairros de ocorrência preenchidos em sua maioria.
Conclusões/Considerações O percentual de mulheres que sofreram violências é um alerta para possíveis feminicídios. A classificação das raças chama atenção para ordenação . O déficit no preenchimento do bairro de residência impossibilita o conhecimento dos locais mais vulnerabilizados, porém os bairros de ocorrência podem subsidiar o planejamento de ações com foco na redução de casos, através do fortalecimento de politicas públicas e capacitação de profissionais.
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