Sessão Assíncrona


SA13.5 - POVOS ORIGINÁRIOS, VIOLÊNCIA E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40634 - REDE DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA: FACILITADORES E DIFICULTADORES DA ARTICULAÇÃO DOS SERVIÇOS QUE REPRESENTAM GRUPOS VULNERÁVEIS DE MULHERES
JOSIANE NUNES MAIA - UEL, GIOVANA MARIA MOURINHO FERREIRA - UEL, MARSELLE NOBRE DE CARVALHO - UEL, LETÍCIA NUNES MAIA MENDONÇA - UEL


Apresentação/Introdução
Superar a violência contra as mulheres é um grande desafio em função da multicausalidade e da complexidade do fenômeno. O trabalho em rede é crucial para o enfrentamento da violência contra as mulheres, atuando com ações estratégicas, atendimento integral, encaminhamentos adequados que supram as demandas da mulher em situação de violência, além de articular de forma interdisciplinar e intersetorial.

Objetivos
Identificar os facilitadores e dificultadores da articulação dos serviços que representam grupos vulneráveis de mulheres na Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual contra as Mulheres de um Município do Norte do Paraná.

Metodologia
Trata-se do pré-campo de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, para o desenvolvimento de uma dissertação. A amostra foi intencional e foram realizadas de entrevistas entre abril e maio de 2021, de modo remoto, com cinco membras da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres de um município do Norte do Paraná, que representam mulheres identificadas como idosa, deficiente e ou LGBT. Após a transcrição, os textos foram recortados resultando na unidade de conteúdo temática. As unidades foram relidas, emergindo a categoria: facilitadores e dificultadores da articulação na rede de enfrentamento.

Resultados
As entrevistadas apontaram como facilitadores da articulação: a comunicação e o livre acesso aos integrantes da rede a partir das reuniões, e a existência de fluxos para o atendimento às mulheres em situação de violência. Os dificultadores que emergiram das falas foram: estrutura dos serviços, número reduzido de servidores, violência institucional, despreparo dos profissionais, acolhimento, invisibilidade da mulher idosa, deficiente e ou lésbica, bissexual ou transexual (LBT). As falas apontam para a invisibilidade destes grupos e levam a reflexão sobre uma sociedade patriarcal que discrimina, explora, oprime e invisibiliza as dores femininas.

Conclusões/Considerações
Situações especificas desses grupos precisam ser contempladas nas pautas das reuniões da rede e fazer parte do planejamento de estratégias que envolvam comunicação e compromisso dos profissionais. Os facilitadores e dificultadores da articulação constituem desafios a serem enfrentados e trabalhados em busca da intersetorialidade para garantir que diante da complexidade que envolve o tema, a mulher tenha acesso ao atendimento resolutivo.