SA13.4 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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44642 - EQUIPES DE CONSULTÓRIO NA RUA E A CONSTRUÇÃO DE QUOTIDIANOS POSSÍVEIS PARA SUPERAÇÃO DA EXCLUSÃO INSTITUCIONAL DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA SELMA MARIA DA FONSECA VIEGAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI (UFSJ), LUCAS ANDREOLLI BERNARDO - ENFERMEIRO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE BOMBINHAS. BOMBINHAS, SC, BRASIL., ROSANE GONÇALVES NITSCHKE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC), ADRIANA DUTRA THOLL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC)
Apresentação/Introdução Introdução: a superação da exclusão institucional das pessoas em situação de rua é um desafio quotidiano para equipes de Consultório na Rua, perante o preconceito sofrido e o imaginário social que está sobre estas pessoas. Tornam-se características estigmatizantes a sujeira, o mau cheiro e o efeito de drogas lícitas e ilícitas.
Objetivos Objetivo: compreender o quotidiano da equipe de Consultório na Rua na superação da exclusão institucional das pessoas em situação de rua nos espaços da rede intra e intersetorial.
Metodologia Metodologia: trata-se de Estudo de Casos Múltiplos Holístico-qualitativo, incorporando dois casos, fundamentado na Sociologia Compreensiva do Quotidiano, originado de estágio pós-doutoral financiado pelo Edital de Seleção de Bolsista do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD/CAPES-2018). Foram participantes da pesquisa dois informantes-chave e 20 profissionais de cinco equipes de Consultório na Rua de duas Capitais do Sul do Brasil. As fontes de evidências foram a entrevista individual aberta e notas de campo. Utilizou-se a Análise de Conteúdo Temática definida pelo critério semântico e em consonância com a síntese cruzada dos dois casos.
Resultados Resultados: apresentam a inclusão excluída vivenciada pelas pessoas em situação de rua perante o preconceito, estigma e autopreconceito. Discute as microrresistências enfrentadas pelas equipes ao buscar a inclusão das pessoas em situação de rua na rede de atenção e os incômodos silenciados e invisibilizados. Superar a exclusão institucional das pessoas em situação é uma luta cotidiana da equipe, edificada na construção do vínculo terapêuti¬co, como desconstrutor da prática estigmatizante, e de quotidianos possíveis para sujeitos historicamente postos à margem da sociedade, na busca do regaste da cidadania.
Conclusões/Considerações Conclusões: é preciso considerar a realidade, sentimentos, medos e receios das pessoas em situação para uma atenção integral. A atenção e cuidado às pessoas em situação de rua transpõe o quotidiano das equipes de Consultório na Rua, no acolher e assistir humanizados, e carece do comprometimento da gestão e dos profissionais de saúde que atuam nos outros espaços da rede intra e intersetorial.
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