SA13.4 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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44601 - ACOLHENDO A CRIANÇA NEGRA COM DEFICIÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: PROTÓTIPO DE UM PRODUTO TECNOLÓGICO REBECA SILVA FÉLIX SOUZA - HGRS, MARCOS VINÍCIUS RIBEIRO DE ARAÚJO - UFBA
Apresentação/Introdução Em Salvador/BA em 2010 cerca de 89.448 crianças (≤ 14 anos) possuía algum tipo de deficiência. A infância requer atenção qualificada principalmente quando, além da deficiência, vivencia outros discursos e práticas discriminatórias. Por isso os profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS) atuando na perspectiva da integralidade, devem ter acesso a ferramentas para combater o racismo e o capacitismo.
Objetivos Elaborar um produto tecnológico que vise contribuir com a qualificação dos trabalhadores de APS no cuidado e acesso integral da criança negra com deficiência em Salvador/BA.
Metodologia Trata-se da elaboração de um produto tecnológico cuja fonte de dados utilizada para sua elaboração se deu por meio da revisão não sistemática de literatura. A construção do instrumento (cartilha) aconteceu a partir da análise do conteúdo do material pesquisado adequando-o como material se suporte para a prática dos profissionais da Unidade de Saúde.
Resultados Com base no levantamento dos dados observou-se uma escassez na literatura associando raça, deficiência e infância que resultou na confecção do produto. O instrumento feito para ser utilizado no cotidiano da Unidade de Saúde e espaços de educação permanente como norteador no processo do cuidado integral da saúde da criança negra com deficiência e sua família na Unidade de Saúde. Em formato PDF, com vocabulário funcional e direto, dividido em 6 tópicos: o que é deficiência e barreiras; capacitismo; raça na infância; papel da APS; encaminhamento a rede especializada; educação permanente. Busca tratar sobre como oferecer um cuidado anticapacitista e antirracista.
Conclusões/Considerações A limitação bibliográfica, ausência de normativas e cartilhas que contemple as três temáticas associadas constituíram um desafio na criação do produto. Frisa-se que a cartilha requer ser testada nos serviços de saúde para adequação do conteúdo ao cotidiano e disparar espaços de educação permanente com vista a avançar na Política de Saúde da População Negra e Política Nacional de Pessoa com Deficiência, pois podem ser enriquecidas nesta complementaridade.
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