SA13.4 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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43790 - REPERCUSSÕES DO ESTIGMA PARA O ACESSO AO CUIDADO NO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ADRIANE DOMINGUES ESLABÃO - UFRGS, LEANDRO BARBOSA DE PINHO - UFRGS, CHRISTINE WETZEL - UFRGS, TALITA PORTELA CASSOLA - UFRGS, ELITIELE ORTIZ DOS SANTOS - UNIPAMPA, VÂNIA DIAS DA CRUZ - UNIPAMPA
Apresentação/Introdução O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) possui um importante papel no cuidado em saúde mental, combate ao estigma e na garantia do acesso os direitos sociais de pessoas em sofrimento psíquico. Para tanto, ações de combate ao estigma devem ser propostas pelos serviços especializados de saúde mental, visto que processos de estigma aumentam a exclusão social.
Objetivos Avaliar as repercussões do processo de estigma para o acesso ao cuidado em um Centro de Atenção Psicossocial.
Metodologia Estudo avaliativo, do tipo estudo de caso, com abordagem qualitativa, baseado nos pressupostos da Avaliação de Quarta Geração. Os participantes foram dez familiares que acompanhavam algum usuário no serviço. A coleta de dados ocorreu em 2019 em um CAPS da região sul do país. Os instrumentos de coleta de dados foram a entrevista semiestruturada e a análise documental. A análise dos dados ocorreu com base no Método Comparativo Constante. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob o número de parecer 3.115.068.
Resultados Os familiares destacaram que o estigma existe na sociedade como algo cultural e que vai além da relação com a loucura, existindo com outros grupos historicamente excluídos como pessoas portadoras de HIV. Os participantes destacaram a necessidade de trabalhar a conscientização da população em relação ao sofrimento psíquico e ao cuidado desenvolvido pelo CAPS, visto que existe um preconceito grande que impede muitas pessoas de ir ao serviço especializado, bem como rótulos impostos pela sociedade àqueles que se beneficiam do cuidado no CAPS. Para os participantes as atividades com grupos de associações de bairro, eventos, passeios e atividades no território podem contribuir com o combate ao estigma.
Conclusões/Considerações O estigma em saúde mental pode gerar importantes barreiras de acesso aos direitos sociais. Deste modo, os serviços de saúde, como o CAPS, devem fortalecer as ações e discussões em relação a saúde mental e aos processos de estigma, começando com os usuários, famílias, com a rede de saúde, escolas e nos diversos ambientes de trabalho e socialização do território, tais ações evitam maiores processos de exclusão social e sofrimento psíquico.
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