SA13.4 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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42307 - CUIDADO ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: DIFICULDADES E ELEMENTOS ESSENCIAIS DA PRÁTICA EM SAÚDE DESENVOLVIDA PELOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE FABIANA FERREIRA KOOPMANS - UERJ, JULIANA MARA NERY DE SANT’ANNA - UERJ, MARIANA CASTRO DE MELLO - UERJ, LETICIA VICTORIA GOMES DA SILVA - UERJ, HERMES CANDIDO DE PAULA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE/RJ, MAGDA GUIMARÃES DE ARAUJO FARIA - UERJ, TIAGO BRAGA DO ESPIRITO SANTO - UERJ, AMANDA DE LUCAS XAVIER MARTINS - UERJ, PATRÍCIA FERRACCIOLI SIQUEIRA LEMOS - UERJ, DONIZETE VAGO DAHER - UFF
Apresentação/Introdução Esse trabalho faz parte de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi percebido que a população em situação de rua apresenta dificuldades no acesso devido a diversos fatores, como inexistência de lugar fixo de moradia, acesso a Unidade de Saúde, dificultado por profissionais de saúde e no acolhimento.
Objetivos Objetivo geral deste estudo: Analisar o cuidado às pessoas em situação de rua, desenvolvido por profissionais da ABS, localizada na zona norte, do município do Rio de Janeiro.
Metodologia Essa pesquisa é da natureza qualitativa, utilizando a abordagem etnográfica, a fim de discutir as concepções sobre cuidado a pessoas em situação de rua, desenvolvida por profissionais de saúde de uma Unidade de Saúde. O cenário eleito para o estudo é o município do Rio de Janeiro, priorizando uma UBS que atua com população em situação de rua, no entorno da UERJ. Os participantes desta pesquisa foram os profissionais de saúde que fazem parte de duas equipes da Estratégia da Saúde da Família, de uma UBS. A analise utilizada foi a de estudos etnográficos: análise etnográfica de domínio .A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética, sob número: 4.896.655.
Resultados As principais dificuldades encontradas perpassam não somente dificuldades individuais, ligadas ao profissional diretamente, mas em situações do próprio serviço de saúde, como em questões gerenciais e de manejo em questões do processo de trabalho com pessoas que moram nas ruas. Ao mesmo tempo que os profissionais trazem dificuldades na construção de suas práticas de cuidado em saúde, trazem também elementos criados na própria prática para minimizar essas dificuldades apresentadas, tais como acolhimento e a busca ativa como ponto fundamental para a efetividade dessas práticas, criação de estratégias de cuidado a partir desse conhecimento do outro e entendimento da linguagem do outro.
Conclusões/Considerações Conclui-se que reconhecendo as situações que determinam os níveis de saúde das pessoas em situação de rua é possível construir políticas e estratégias que contemplem suas reais necessidades. A intersetorialidade das ações públicas ainda é um desafio ao cumprimento de um direito fundamental de todos: o direito à saúde.
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