Sessão Assíncrona


SA13.4 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

42059 - COMPREENSÃO DA VIVÊNCIA, PERCEPÇÃO DO ENSINO E ACESSO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CENÁRIO ESCOLAR
CIBELE FAUSTINO DE SOUSA - FADAT, ROBERTA DUARTE MAIA BARAKAT - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ


Apresentação/Introdução
A deficiência visual é condição clínica que afeta todas as idades. Na infância é mais perceptível no período escolar, quando pode ser constatada por professores e também a família. Como forma de ultrapassar tais dificuldades, diferentes legislações no mundo asseguram a esse público o acesso indiscriminado a um ambiente favorecedor de aprendizagem e socialização.

Objetivos
Compreender a vivência com alunos e a percepção do ensino, o acesso da criança e do adolescente com deficiência visual no cenário escolar, segundo a compreensão de professores nas escolas públicas, municipais e estaduais de Quixadá-CE.

Metodologia
A coleta de dados ocorreu de julho e agosto de 2021 com a participação de 40 professores por meio de entrevista semiestruturada (remota), pela plataforma Google Meet, com consentimento, respeitando os aspectos éticos e falas transcritas na íntegra para análise. As questões sobre os alunos com deficiência visual abordaram: dados sociodemográficos, experiência sobre quando ensinagem, material didático, acessibilidade, medos e angústias. Utilizou-se análise temática de Minayo, 63 recortes discursivos provenientes dos professores participantes, organizadas em duas categorias: “Professores frente ao aluno com deficiência visual” e “ Exclusão do aluno com deficiência visual no ambiente escolar”.

Resultados
Foram apontados fatores que interferem no ensino das crianças e dos adolescentes com deficiência visual. Com base nas narrativas dos professores, foi possível realizar um diagnóstico situacional, a saber: despreparo dos professores (estado emocional); melhorar estrutura física de acessibilidade; falta de educação permanente para professores; necessidade de políticas públicas para a educação inclusiva; faltam recursos de mídias voltadas ao ensino para deficientes visuais; inexistência de bibliotecas adaptadas para deficientes visuais; inexistência de maquetes para ensinar matemática; necessidade de planejamento pedagógico para discursão de materiais didáticos para professores.

Conclusões/Considerações
Há falta de planejamento e material didático direcionado para inclusão desse público nas escolas. Na Educação Inclusiva, alunos com deficiência visual precisam aprender o braile, a orientação pedagógica para estes, é insuficiente. Ao falar em integração e inclusão, aproximamos do conceito de “meio menos restritivo possível”, percebemos que professores procuram auxílio e amparo da melhor forma de atender à necessidade cada aluno individualmente.