Sessão Assíncrona


SA13.4 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41510 - O ATIVISMO POLÍTICO DE MULHERES COM DEFICIÊNCIA: TRAJETÓRIAS PELA LUTA POR DIREITOS
RITA DE CÁSSIA SANTOS DE SANTANA - UFBA, MARCELO EDUARDO PFEIFFER CASTELLANOS - UFBA


Apresentação/Introdução
O protagonismo de pessoas com deficiência na luta pelos seus direitos tem sido decisivo para mudanças sociais através de políticas públicas. Mulheres ativistas com deficiência têm participado ativamente deste processo, construindo trajetórias de militância singulares na ação coletiva, a partir das especificidades proporcionadas pelo entrecruzamento de marcadores sociais da diferença.

Objetivos
Descrever a trajetória do ativismo de mulheres com deficiência no movimento social pela defesa da garantia de direitos da pessoa com deficiência.

Metodologia
Esta produção trata-se de um recorte extraído a partir de dados produzidos originalmente por uma pesquisa científica, de caráter qualitativo, sobre o engajamento político de mulheres com deficiência. O estudo atendeu aos requisitos éticos vigentes para sua realização. Foram realizadas entrevistas online e presenciais guiadas roteiro de perguntas semiestruturado. Os relatos foram integralmente gravados, transcritos e submetidos à análise temática proposta por Bardin. A partir da perspectiva interseccional de gênero e deficiência, descreveu-se o sequenciamento e papel dos acontecimentos mais marcantes da sua militância enquanto mulher com deficiência.

Resultados
Vinte e quatro mulheres com deficiência e ativistas participaram da pesquisa. As categorias de análise foram criadas a partir dos temas emergidos nos relatos. A participação prévia em outras ações coletivas colaborou positivamente para o engajamento. A maioria das trajetórias é caracterizada pelo desenvolvimento de consciência crítica acerca dos marcadores sociais de gênero e deficiência a partir das experiências de militância. Os ambientes de pleito colaboram para formalização da militância e/ou são ambientes para estabelecimento de vínculos afetivos e políticos. Sobre organizações livres, a intersecção de marcadores sociais produziu a união das mulheres, repaginando o movimento social.

Conclusões/Considerações
As trajetórias possuem aproximações e distanciamentos entre si, nos possibilitando localizar essas mulheres dentro da ação coletiva pelo direito das pessoas com deficiência. A intersecção de marcadores sociais produziu singularidades nas trajetórias de ativismo, colaborou para compreensão dos caminhos percorridos e espaços ocupados, bem como relaciona-se com o interesse por pautas dentro e fora do movimento social da pessoa com deficiência.