Sessão Assíncrona


SA13.4 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41162 - REFORMA PSIQUIÁTRICA E EMANCIPAÇÃO SOCIAL: ÉTICA COMO LÓGICA DE CUIDADO E INCLUSÃO SOCIAL.
EDIMILSON DUARTE DE LIMA - CES/UC/PT, SILVIA PORTUGAL - CES/UC/PT, TIAGO PIRES MARQUES - CES/UC/PT


Apresentação/Introdução
Pesquisa em pós-doutoramento/CES/UC/PT. A Reforma Psiquiátrica brasileira busca a desinstitucionalização da loucura. A luta Antimanicomial discute práticas manicomiais que ainda colocam em risco a concretização ética e cidadã dos direitos em saúde mental. O que é bom cuidado em saúde a partir da lógica da ética do cuidado? Levam a emancipação/protagonismo social das pessoas em sofrimento psíquico?

Objetivos
Analisar a lógica da ética de cuidado em saúde e os seus efeitos referentes a autonomia cidadã, emancipação e inclusão social do sujeito em sofrimento psíquico na atenção básica da baixada fluminense da Cidade do Rio de Janeiro.

Metodologia
Inicialmente, buscou-se a revisão bibliográfica para obter referências recentes sobre a prática e ética de cuidado em saúde e políticas públicas. O grupo focal é o segundo momento da investigação na intenção de identificar in locun narrativas dos modos e saberes sobre práticas de cuidado em saúde mental na baixada fluminense da Cidade do Rio de Janeiro. Finalizando, os dados coletados são interpretados através do método análise do discurso, tomando os referenciais teóricos adotados pela pesquisa. A investigação será norteada por autores nacionais e internacionais como Paulo Amarante e Gastão Wagner sobre saúde mental/políticas públicas e Jeannette Pols sobre o conceito de ética de cuidado.

Resultados
Os resultados parciais, etapa inicial da investigação, indicam que a temática em questão possui frequente desafio de revisão crítica sobre suas práticas/concepções. Gastão Wagner defende que mesmo com avanços efetivos como Reforma Sanitária e Reforma Psiquiátrica, novos (ou antigos) problemas (re)surgem com novos desafios de ordem clínica/política/cultural/ideológica numa sociedade que demanda cuidado e responsabilidade nas práticas de saúde. Entende-se que tais desafios são questões aqui apresentadas para analisar a lógica da ética do cuidado como caminho para inclusão social e construção da autonomia cidadã em busca da emancipação/protagonismo social da pessoa em sofrimento psíquico.

Conclusões/Considerações
Resultados parciais referem à hipótese que prática de cuidado em saúde mental na atenção básica sob a lógica da ética de cuidado pode levar a inclusão social e autonomia cidadã/emancipação/protagonismo social da pessoa em sofrimento psíquico. Pols define ética do cuidado uma ferramenta empírica para descrever a normatividade constituída em práticas de cuidado com a criação/negociação de relações entre entidades em tais práticas e a reflexão.