Sessão Assíncrona


SA13.4 - POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS E INIQUIDADES EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40602 - SUICÍDIO EM INSTITUIÇÕES PRISIONAIS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
JULIANA BÁRBARA BARRETO SOUSA - UNIFTC, LISA MARIA GOMES ARAÚJO - UNIFTC, IVETE MARIA SANTOS OLIVEIRA - UFBA, WILLIAM AZEVEDO DUNNINGHAM - UNIFTC


Apresentação/Introdução
O suicídio nas prisões representa um problema com sérias complicações sociais, legais e éticas. A Organização Mundial da Saúde caracteriza suicídio como grave problema de saúde pública em grande parte dos países e sua incidência tem aumentado ao longo do tempo. Há negligência tanto nos cuidados preventivos, quanto na abordagem do tema, por isso é necessário estimular maior discussão da temática.

Objetivos
Avaliar de forma comparativa a taxa de suicídio nas instituições prisionais entre países.

Metodologia
Trata-se de uma Revisão Sistemática baseada nas diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. Utilizou-se como critérios de inclusão artigos que estudam o ato suicida na população carcerária; Foram excluídos trabalhos que abordam outras condições autodestrutivas na população carcerária; os que avaliaram grupos específicos e não fizeram um comparativo com toda a população carcerária; que avaliam restritamente uma única região do país e artigos que abordam apenas a temática de risco ou prevenção dos atos suicidas.

Resultados
Foram encontrados dados de 35 países dentre os artigos selecionados, e pode-se observar que alguns países como Inglaterra e Finlândia apresentam maior número de trabalhos sobre a temática do que outros como o Brasil em que os dados são extremamente escassos. Da mesma forma, esses países começaram o detalhamento histórico acerca do problema há décadas, com sequência de estudos até os dias atuais. Por fim, identificou-se que os Estados Unidos foi o país com maior taxa de suicídio nas instituições carcerárias, enquanto a Islândia apresentou a menor taxa.

Conclusões/Considerações
O panorama é preocupante diante da tendência de política de encarceramento em massa em diversos países, da precarização das instituições prisionais e da falta de sensibilidade com o tema que dificulta a adoção de medidas para a prevenção de perdas de pessoas em idade produtiva.