Sessão Assíncrona


SA13.3 - INTERSECCIONALIDADE, GÊNERO E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

44822 - CONHECIMENTO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO QUE TANGE A VIOLÊNCIA CONJUGAL CONTRA MULHER
JOSENILDE DAMASCENA DE OLIVEIRA - UNEB, VALÉRIA RIBEIRO DOS SANTOS - UNEB, VALDIRIA SOARES DE MELO - UNEB, MILCA RAMAIANE DA SILVA CARVALHO - UNEB, LARISSA NASCIMENTO DE SOUZA - UNEB, RAFAELA GUIMARÃES FREITAS - UNEB, EVERTON DA SILVA SANTOS - UNEB, PRISCILA SOUZA SANTOS - UNEB, JACIENE OLIVEIRA DA SILVA - UNEB


Apresentação/Introdução
A violência conjugal ocasiona repercussões na saúde física, mental e social de mulheres. No que tange, ao atendimento a essas repercussões, a Estratégia Saúde da Família (ESF), realiza ações no qual os agentes comunitários de saúde (ACS) ocupam papel de destaque ao atuar diretamente com as mulheres, tendo maiores chances de identificar, orientar, encaminhar e denunciar as situações de violência conjugal

Objetivos
Identificar o conhecimento dos agentes comunitários de saúde sobre a violência conjugal contra a mulher.

Metodologia
Trata-se de um relato de pesquisa, de natureza descritiva, abordagem qualitativa, vinculado ao Programa Afirmativa da Universidade do Estado da Bahia e realizado em um município do interior do estado da Bahia, Brasil. O Estudo foi realizado com 14 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Para coleta de dados foi utilizada a entrevista, com apoio de um formulário e gravador de voz. O conteúdo das entrevistas foi transcrito na íntegra e organizado a partir do meio Análise de Conteúdo na perspectiva de Laurence Bardin. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, sob o parecer consubstanciado nº 3.200.210.

Resultados
O conteúdo das entrevistas revelou que os ACS, compreendem a violência contra a mulher enquanto um agravo expresso nas formas física, psicológica e sexual. Chama atenção que apenas a expressão física foi elencada por todos os colaboradores. Ademais, reconhecem que os eventos que colaboram para permanência da mulher em relações íntimas permeadas pela violência são: a valorização isolada da expressão física, a ausência de rede social de suporte, a ausência de estabilidade financeira, a necessidade de alimentar os filhos, o medo do cônjuge, a vergonha por vivenciar a violência conjugal e a sensação de impotência para romper a relação íntima.

Conclusões/Considerações
Os ACS desvelam o desconhecimento da violência moral e patrimonial que permeia as relações conjugais. Sobretudo, relacionam os diversos elementos de vulnerabilidade que dificultam a saída de relações íntimas permeadas pela violência. O estudo aponta para a carência de intervenções voltadas para o aperfeiçoamento da sensibilidade dos ACS na identificação das diversas expressões da violência, que vão além das marcas físicas.