SA13.3 - INTERSECCIONALIDADE, GÊNERO E SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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41899 - ALEITAMENTO MATERNO CONTINUADO, DIVERSIDADE ALIMENTAR MÍNIMA E CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM CRIANÇAS DE 6 A 60 MESES EM VULNERABILIDADE SOCIAL YASMIN JULIANE DA COSTA - UFPR, LETICIA SOARES AMANCIO - UFPR, ANABELLE RETONDARIO - UFPR
Apresentação/Introdução A alimentação na infância é determinante do crescimento e desenvolvimento da criança. O aleitamento materno deve ser exclusivo até o seis meses. Após essa idade, a alimentação complementar deve ser iniciada para complementar o leite materno, e não substituí-lo. Os Guias Alimentares Brasileiros preconizam uma alimentação baseada em alimentos in natura e minimamente processados.
Objetivos Identificar a prevalência de aleitamento materno continuado, diversidade alimentar mínima e consumo de alimentos ultraprocessados em crianças de 6 a 60 meses em vulnerabilidade social atendidas em uma unidade básica de saúde em Piraquara-PR.
Metodologia Estudo descritivo, quantitativo e de corte transversal, em que foram apresentados resultados iniciais de pesquisa que está em andamento. Foram avaliadas crianças menores de cinco anos beneficiárias de programas de transferência de renda do Governo Federal. Para a coleta de dados, utilizaram-se um questionário socioeconômico e demográfico e o formulário de marcadores de consumo alimentar do SISVAN. Foram analisados os indicadores aleitamento materno continuado e diversidade alimentar mínima, para menores de dois anos, e consumo de alimentos ultraprocessados para todas as crianças, com base no caderno de Orientações para Avaliação de Consumo Alimentar na Atenção Básica, do Ministério da Saúde.
Resultados Foram incluídas 94 crianças, sendo 33 (35,1%) de seis a 23 meses e 61 de dois a cinco anos. Todas as pessoas responsáveis por levar a criança ao serviço de saúde eram mulheres. A maioria delas (66%, n=62) ocupava o lugar de chefe da família, 41,5% (n=39) possuíam ensino médio completo e 81,9% (n=77) estavam desempregadas. A avaliação do consumo alimentar de menores de dois anos revelou baixa prevalência de aleitamento materno continuado (54,5%, n=18) e de diversidade alimentar mínima (33,3%, n=11). Foi encontrada uma alta prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados na amostra geral (76,6%, n=72): 60,6% (n=20) entre as menores de dois anos e 85,2% (n=52) entre as maiores.
Conclusões/Considerações Acredita-se que são necessárias ações de promoção da alimentação saudável e adequada, estimulando o aleitamento materno até pelo menos os dois anos de vida da crianças e a alimentação baseada em comida de verdade. Para que tais ações sejam efetivas, são imprescindíveis políticas públicas estruturantes, que permitam que a pessoa que amamenta disponibilize o leite materno à criança e que haja fácil acesso ao alimento em todas as comunidades.
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