Sessão Assíncrona


SA13.3 - INTERSECCIONALIDADE, GÊNERO E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41273 - O MAPA FALADO COMO FERRAMENTA PARA REFLETIR SOBRE EQUIDADE DE GÊNERO E CUIDADOS COMUNITÁRIOS EM TERRITÓRIOS DA CIDADE DE SÃO LEOPOLDO/RS
LAURA CECILIA LÓPEZ - UNISINOS, NATÁLIA INÊS SCHOFFEN CORRÊA - UNISINOS, CAUÊ RODRIGUES - UNISINOS, MARIANA RAMALHO RODRIGUES - UNISINOS, MURILO SANTOS DE CARVALHO - UNISINOS, ROSÂNGELA DA SILVA ALMEIDA - UNISINOS, MARÍLIA VERÍSSIMO VERONESE - UNISINOS


Apresentação/Introdução
Gênero e cuidado são analisados na dimensão comunitária e em articulação com políticas públicas, num bairro periférico de São Leopoldo/RS. Os estudos de gênero sobre políticas do cuidado referem profundas iniquidades em relação à organização social do cuidado (como trabalho formal e informal; vinculado à manutenção da vida familiar, comunitária e social), em sua distribuição por gênero.

Objetivos
Mergulhamos na Atenção Primária, capilarizada por Agentes Comunitárixs de Saúde, para analisar como as dinâmicas de gênero permeiam a organização das vidas no território e como incidem na distribuição de cuidados com a saúde e a manutenção das vidas.

Metodologia
Trata-se de pesquisa-ação, que integra diferentes métodos e técnicas com uma forte dimensão participativa, e tem como meta final uma proposta de intervenção comprometida com a equidade de gênero. Em 2021 iniciamos aproximação à equipe da UBS Cohab-Feitoria no território definido. Em 2022 iniciamos o Diagnóstico Participativo de Equidade de Gênero, tendo como dispositivo central o Mapa Falado (MP). O MP oportuniza uma visão geral e mais completa sobre a realidade do território e auxilia no planejamento de estratégias de resolução coletiva de problemas, ao captar vivências de gênero e outros marcadores sociais relacionados à proteção social e ao cuidado com as vidas no território.

Resultados
Observamos dinâmicas de gênero no território, no que diz respeito à distribuição de cuidados e acesso à UBS, notando que a pandemia acirrou desigualdades já existentes. O MP está propiciando refletir sobre como o gênero e outros marcadores aparecem no território, vinculados a espaços de proteção social e cuidado, seja ele exercido por equipamentos públicos e/ou por redes comunitárias. Por exemplo, associações que cuidam de crianças e de mulheres, as próprias eSFs como produtora de cuidado. Mas também a desproteção em áreas de tráfico de drogas e violência urbana, que afeta homens jovens. Os homens mostraram desproteção também no acesso limitado à UBS, apenas em casos graves de adoecimento.

Conclusões/Considerações
Pretendem-se produzir efeitos localizados nos modos de produção de cuidado na eSF, assim como, a partir das conclusões do Diagnóstico ter elementos para propor um modelo de Rede Comunitária de Cuidados Gênero-Sensível que possa ser aplicado em diferentes territórios, conforme suas especificidades, para enfrentar os desafios atuais da pandemia e para permanecer no território e contribuir com a resolução/atenuação de problemas persistentes.