SA13.3 - INTERSECCIONALIDADE, GÊNERO E SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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40226 - FRAMEWORK LATINO-AMERICANO DE AVALIAÇÃO DE SAÚDE NA PERSPECTIVA DE GÊNERO EM INTERVENÇÕES DE TRANSFORMAÇÃO URBANA EM CONTEXTOS VULNERABILIZADOS LIDIA MARIA DE OLIVEIRA MORAIS - OBSERVATÓRIO DE SAÚDE URBANA DE BELO HORIZONTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (OSUBH/UFMG), PAULA GUEVARA - FACULDADE DE MEDICINA, E CENTRO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS DO DESENVOLVIMENTO, UNIVERSIDAD DE LOS ANDES, BOGOTÁ, COLÔMBIA, ROXANA VALDEBENITO - DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA/CEDEUS, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO CHILE. SANTIAGO, CHILE, NATALIA DÍAZ - DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA/CEDEUS, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO CHILE. SANTIAGO, CHILE, LAURA BALDOVINO-CHIQUILLO - FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDAD DE LOS ANDES. BOGOTÁ, COLÔMBIA, OLGA LUCIA SARMIENTO - FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDAD DE LOS ANDES. BOGOTÁ, COLÔMBIA, ALEJANDRA VIVES VERGARA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA/CEDEUS, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO CHILE. SANTIAGO, CHILE, ELIS BORDE - OBSERVATÓRIO DE SAÚDE URBANA DE BELO HORIZONTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (OSUBH/UFMG), AMÉLIA AUGUSTA DE LIMA FRICHE - OBSERVATÓRIO DE SAÚDE URBANA DE BELO HORIZONTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (OSUBH/UFMG), WALESKA TEIXEIRA CAIAFFA - OBSERVATÓRIO DE SAÚDE URBANA DE BELO HORIZONTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (OSUBH/UFMG)
Apresentação/Introdução Estudos apontam que intervenções de transformação urbana podem acentuar desigualdades. Faltam referências sobre como questões de gênero modulam os efeitos de tais intervenções. Três casos de intervenções em áreas vulnerabilizadas de cidades latino-americanas são aqui analisados a partir de uma abordagem informada pelo urbanismo feminista e a saúde urbana.
Objetivos A partir de uma perspectiva de gênero, avaliar comparativamente como mudanças no ambiente físico implementadas por intervenções de transformação urbana em áreas vulnerabilizadas afetam a saúde das pessoas vivendo em cidades latino-americanas.
Metodologia Transformações urbanas incluem modificações na acessibilidade a serviços e equipamentos públicos, estrutura de transporte e mobilidade, habitação, e esporte/lazer. Apresenta-se análise multimétodo de três casos (PAC Vila Viva, Brasil; Programa de Regeneración de Conjuntos Habitacionales, Chile; e TransMiCable, Colômbia) por meio de estatísticas descritivas de inquéritos domiciliares, observação social sistemática e análise temática de entrevistas qualitativas. Realizou-se uma triangulação baseada na complementaridade dos dados e aportes teóricos e metodológicos do urbanismo feminista e saúde urbana. Resultados organizados nas dimensões Proximidade, Autonomia e Representatividade.
Resultados A dimensão Proximidade foi a que recebeu maiores investimentos, com priorização de circulação de veículos motorizados enquanto a caminhabilidade ainda é um desafio. Autonomia indica maior percepção de violência, pior iluminação pública e policiamento por mulheres, o que restringe seu acesso a espaços públicos. Representatividade tem importância objetiva e simbólica relacionada ao sentimento de pertencimento e satisfação com o bairro, com diferentes abordagens de gênero. Os três casos analisados sugerem que efeitos das intervenções sobre a saúde interagem com desigualdades sociais interseccionais preexistentes nos respectivos locais incluindo gênero, idade, renda e local de residência.
Conclusões/Considerações Ambientes urbanos que favoreçam a equidade de gênero devem facilitar a diversidade de rotinas e usos dos espaços. Políticas públicas sensíveis ao gênero devem valorizar a participação diversificada e efetiva da população local, adotando perspectiva de gênero no planejamento, implementação e avaliação de projetos de transformação urbana para traçar pontos de intervenção no sistema gênero-espaço urbano e na promoção da equidade em saúde.
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