Sessão Assíncrona


SA13.3 - INTERSECCIONALIDADE, GÊNERO E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40190 - PREVALÊNCIA DE PREMATURIDADE E BAIXO PESO ENTRE NASCIDOS VIVOS DE MÃES ADOLESCENTES EM UMA COORTE DE 100 MILHÕES DE BRASILEIR@S
VITÓRIA GABRIELA DE AMORIM NUNES - ESCOLA DE ENFERMAGEM, UFBA, EMANUELLE GOÉS - CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE DADOS E CONHECIMENTOS PARA A SAÚDE, FIOCRUZ-BA, ANDRÊA FERREIRA - CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE DADOS E CONHECIMENTOS PARA A SAÚDE, FIOCRUZ-BA, MAURÍCIO L. BARRETO - CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE DADOS E CONHECIMENTOS PARA A SAÚDE, FIOCRUZ-BA, DANDARA RAMOS - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UFBA, JAMILE MENDES - ESCOLA DE ENFERMAGEM, UFBA, DESIREE SIQUEIRA - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UFBA, ANA MIGUEZ - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UFBA


Apresentação/Introdução
No Brasil, cerca de 14% dos nascidos vivos são filhos(as) de mães adolescentes. Estes possuem maior risco para prematuridade e baixo peso ao nascer, desfechos que também estariam relacionados à vulnerabilidade socioeconômica. A Coorte de 100 Milhões de Brasileiros (CIDACS) concentra a parcela mais pobre da população e possibilita o estudo da saúde neonatal em condições de maior vulnerabilidade.


Objetivos
Explorar os desfechos de saúde neonatal (prematuridade e baixo peso ao nascer-BPN) entre mães adolescentes e não adolescentes, a partir da comparação dos nascidos vivos vinculados a Coorte100M e ao perfil nacional (SINASC-Datasus).

Metodologia
Estudo descritivo da linha de base da Coorte100M e do perfil nacional (SINASC-Datasus) para o período 2006-2015. Os dados utilizados referentes a Coorte100M foram originados do linkage por similaridade do Cadastro Único para programas sociais do governo federal e do Sistema de Informações de Nascidos vivos (SINASC). Foram calculadas as prevalências intragrupo e a razão de prevalência (IC 95%) para a comparação mães adolescentes (MAs) versus adultas na Coorte100M e no Brasil (SINASC).


Resultados
A prevalência de BPN foi de 8,4% para o perfil nacional, e 10% na Coorte100M no período estudado. A prevalência de prematuridade foi de 9,5% no perfil nacional e 11,4% entre os NVs da Coorte100M. A prevalência de BPN foi mais elevada para o grupo de nascidos vivos de mães adolescentes, tanto para os NVs da Coorte100M (RP=1,32; 95%IC 1,31-1,33) quanto para o perfil nacional (RP=1,17; 95%IC 1,16-1,17). O mesmo padrão foi observado para prematuridade, com maior prevalência entre os NVs de mães da Coorte100M (RP=1,18; 95%IC 1,17-1,19) e no perfil nacional (RP=1,14; 95%IC 1,14-1,15).


Conclusões/Considerações
A prevalência de BPN e prematuridade foram maiores entre os NVs da Coorte100M. Em consonância com a literatura, a associação entre idade materna, baixo peso ao nascer e prematuridade foi observada tanto na Coorte100M, quanto no perfil nacional. No entanto, a magnitude desta associação foi mais elevada no primeiro grupo, indicando provável efeito das condições socioeconômicas mais desfavoráveis nesta população de mães adolescentes.