Sessão Assíncrona


SA13.3 - INTERSECCIONALIDADE, GÊNERO E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

38395 - DEZ ANOS DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAUDE DO HOMEM NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
MARCOS ANTONIO FERREIRA DO NASCIMENTO - FIOCRUZ, DANIEL DE SOUZA CAMPOS - UFRJ, BENEDITO MEDRADO - UFPE, JORGE LYRA - UFPE


Apresentação/Introdução
A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM (PNAISH), lançada em 2008, contou com a participação de representantes de ONG, academia e sociedades médicas para sua elaboração, com 5 eixos de ação: Acesso e Acolhimento; Paternidade e Cuidado; Doenças Crônicas; Prevenção de Violências e Saúde Sexual e Reprodutiva. Após dez anos, quais as conquistas, desafios e perspectivas da PNAISH?

Objetivos
Essa apresentação busca compartilhar reflexões sobre conquistas, desafios e perspectivas da PNAISH no estado do Rio de Janeiro, após dez anos de sua implementação, a partir de uma pesquisa qualitativa com usuários, trabalhadores da saúde e gestores.

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que reuniu pesquisadores da UFPA, UFMT, UFSC e Fiocruz, sob a coordenação da UFPE, com o objetivo de realizar uma análise dos 10 anos de implementação da PNAISH, nas 5 regiões brasileiras, englobando os seguintes estados: PE, PA, MT, SC e RJ. No caso do RJ, foram realizadas entrevistas em profundidade com homens usuários e não usuários do SUS, privilegiando uma diversidade de homens em termos de idade, cor/raça, orientação sexual e identidade de gênero; trabalhadores da saúde; gestores das áreas técnicas de saúde do homem no município do RJ e no nível estadual; além de outros informantes chaves.

Resultados
O RJ tem características singulares na implementação da PNAISH por conta de um acúmulo prévio de estudos sobre saúde do homem e programas voltados para a população masculina e desde 2010, o RJ conta com uma área técnica de saúde do homem em nível estadual assim como o município do RJ. O eixo da Paternidade e Cuidado se destaca como uma vitrine das ações da PNAISH, com articulações entre instâncias governamentais, ONG e academia. Por outro lado, há um desconhecimento da PNAISH entre trabalhadores da saúde, usuários e gestores de alguns municípios do estado. Ressalta-se também a precarização do setor saúde nos últimos anos, com forte impacto na gestão da área de saúde do homem.

Conclusões/Considerações
Embora o Brasil seja um dos poucos países do mundo com uma política de saúde específica para os homens, há uma sorte de desafios para sua implementação: desde o estranhamento da necessidade de uma política para os homens, até a falta de formação adequada para pensar os cuidados em saúde para os homens. Faz-se necessário visibilizar e fortalecer experiências exitosas que buscam prestar uma atenção integral em saúde para os homens.