Sessão Assíncrona


SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

44576 - PERFIL DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DAS IDOSAS QUILOMBOLAS NO MUNICÍPIO DE BEQUIMÃO, MARANHÃO: DADOS DO IQUIBEQ
ANDRÉA SUZANA VIEIRA COSTA - UFMA, CLÁUDIA SILVA PINTO - UFMA, BRUNO LUCIANO CARNEIRO ALVES DE OLIVEIRA - UFMA, ANDRESSA RAYANE VIANA BARROS - UFMA, ROSIANY PEREIRA DA SILVA - UFMA, GETÚLIO ROSA DOS SANTOS JUNIOR - UFMA, JOÃO DE DEUS CABRAL JÚNIOR - UFMA, FRANCISCA BRUNA ARRUDA ARAGÃO - CEUMA


Apresentação/Introdução
O envelhecimento é um fenômeno global, considerado também um problema de saúde pública por diversos fatores. As diferenças vivenciadas pelclasses sociais ao longo do ciclo de vida desenham diferentes velhices. O envelhecimento carrega consigo as desigualdades sociais vivenciadas ao longo da vida.

Objetivos
Analisar as condições de saúde de mulheres idosas quilombolas residentes em uma cidade do interior do estado do Maranhão, Brasil.

Metodologia
Trata-se de umestudo transversal, de base domiciliar realizado em 11 comunidades remanescentes de quilombolas no Município de Bequimão, Maranhão. Realizou-se o censo da
população de idosos quilombolas, que foi representada por 132 mulheres idosas ≥ 60anos de idade.

Resultados
Os dados foram analisados no programa Stata® versão 14, com
técnicas de estatística descritiva. Resultados: a mediana das idosa foi de 70 a 79
anos, (61,4%) se declarava na cor/raça preta; (32,6%) eram viúvas , 53,8% das
mulheres não sabem ler e escrever. Quanto a situação de saúde, em relação às
condições crônicas, 60,6% referiam acometimento por duas ou mais 38,8%
realizaram exame preventivo para câncer de colo do útero há pelo menos 3 anos. A
maioria das idosas nunca realizou uma mamografia (67,2%) e nunca tinham sido
submetidas a um exame clínico das mamas (56,9%).

Conclusões/Considerações
a maioria das mulheres idosas quilombolas vivem em precária situação socioeconômica, sanitária e de saúde, a prevalência de multimorbidade foi elevada. Espera-se estimular reflexões e discussões dentro dos espaços acadêmico, profissional e da gestão, além disso, incentivar novas pesquisas sobre saúde da mulher quilombola.