Sessão Assíncrona


SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

44429 - FORMAÇÃO DE AGENTES POPULARES DE SAÚDE EM COMUNIDADES QUILOMBOLA E DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST) NA BAHIA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
ÁGATHA CONCEIÇÃO DA CRUZ - EBMSP, PAULO GUSTAVO BISPO PEREIRA - EBMSP, SILVIO ROBERTO MEDINA LOPES - EBMSP, LAVÍNIA BOAVENTURA SILVA MARTINS - EBMSP, DANIELLE SOUZA FERREIRA - EBMSP, MARTHA BITTENCOURT LOPES - EBMSP, PALOMA DOS REIS PINHEIRO BARBOSA - EBMSP, BRUNA LEÃO PAZ DE ALBUQUERQUE MELO - EBMSP


Período de Realização
O trabalho está em curso e teve seu início em fevereiro de 2022.

Objeto da experiência
Desenvolvimento de curso de formação de Agentes Populares de Saúde (APS) em comunidade quilombolas e do MST por um programa de extensão universitária.

Objetivos
Relatar a experiência de um programa de extensão universitário no desenvolvimento de curso de formação de APS em formato híbrido para comunidades quilombola e do MST na Bahia. Apoiar os referidos movimentos no fortalecimento de uma rede de solidariedade ativa em seus territórios.

Metodologia
Foi realizada adaptação da versão presencial de curso à distância ofertado pela FIOCRUZ para uma versão híbrida (presencial e telepresencial) que levasse em consideração a realidade de cada comunidade. São realizados encontros presenciais formativos com os APS, intercalados com atividades de dispersão, onde realizaram parte das práticas previstas. Em seguida, são realizados encontros telepresenciais para monitoramento das ações, esclarecimento de dúvidas antes dos próximos encontros presenciais.

Resultados
Durante a realização do curso são observados desafios importantes, como a dificuldade de acesso à internet, uma das necessidades para a realização das atividades telepresenciais. Apesar disso, tem sido notória a potencialização do escopo de ações realizadas pelos APS, através da realização das atividades propostas no curso. Também é perceptível a construção de vínculo, de trocas e confiança entre agentes, estudantes da área de saúde envolvidos e as comunidades quilombolas e do MST.

Análise Crítica
A partir dessa experiência tem sido possível ampliar a compreensão do processo saúde/doença, visto que a imersão nas comunidades possibilita desenvolvimento de um novo olhar para a saúde que, muitas vezes, os muros universitários não são capazes de proporcionar. Além disso, ficou notório que nessa etapa da pandemia o lidar com a COVID-19 não é uma prioridade para as comunidades, que viram a necessidade de voltarem ao trabalho e continuarem com suas lutas políticas, incluindo o direito à saúde.


Conclusões e/ou Recomendações
O curso de formação de Agentes Populares de Saúde tem proporcionado impactos positivos, tanto na potencialização de ações das comunidades quilombola e do MST, quanto na formação dos profissionais e estudantes envolvidos na construção do curso. Ademais, fica evidente que a extensão universitária tem papel significativo na formação de futuros profissionais de saúde comprometidos com a saúde do povo brasileiro em suas diferentes formas de existência.