SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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43805 - POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL À POPULAÇÃO NEGRA EM DEBATE NO DISTRITO SANITÁRIO DO CENTRO HISTÓRICO, MUNICÍPIO DE SALVADOR-BA
MARICARLA BARBOSA CORDEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, JÉSSICA SOARES DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, CRISTIANE ABDON NUNES - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, MANUELA BRITO DOS SANTOS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SALA
Período de Realização
As ações tiveram início no ano de 2018, e foram concluídas, parcialmente, em 2019.
Objeto da experiência
Ações de Educação Permanente para implementação da Política Nacional de Saúde Integral à População Negra (PNSIPN) no âmbito de um Distrito Sanitário.
Objetivos
Relatar a experiência de Educação Permanente desenvolvida por Residentes em Planejamento e Gestão, do Instituto de Saúde Coletiva-UFBA, em articulação com área técnica de Saúde da População Negra, no Distrito Sanitário do Centro Histórico, em Salvador, visando à implementação da política.
Metodologia
O movimento para a discussão da temática foi iniciado pela área técnica de Saúde da População Negra, da Secretaria Municipal de Saúde. O debate da PNSIPN foi desenvolvido em duas frentes: trabalhadores das Unidades de Saúde e com o Conselho Distrital de Saúde. Foram realizadas rodas de conversa e oficinas, transversalizando a discussão sobre o processo de colonização e escravidão; a influência do racismo no processo de adoecimento, o combate ao racismo nas instituições e serviços do SUS.
Resultados
A princípio, os profissionais de nível superior apresentaram discurso que nega a existência da estrutura racista e a influência desta em sua prática profissional. Particularmente os médicos expressaram preocupações quanto a diferenças biológicas entre brancos e pretos, evidenciando a presença do modelo biomédico no cuidado à saúde. Já no discurso dos membros do Conselho Distrital foi evidenciado a existência do racismo nas instituições, implicando no acesso dos usuários aos serviços de saúde.
Análise Crítica
A realização das Rodas e Oficinas possibilitou a construção de uma visão ampliada sobre o fenômeno da Saúde da População Negra, no Centro Histórico de Salvador. Nas oficinas com os conselheiros a multiplicidade se fez ainda mais visível, visto que estes sujeitos se colocam a partir de lugares e vivências distintos. Transitar por movimentos sociais e ocupar lugares de representatividade produz construções e elaborações sobre o processo saúde-doença com perspectivas além da biomédica.
Conclusões e/ou Recomendações
O avanço na implementação da PNISPN no território do Centro Histórico, parte do reconhecimento da necessidade de olhares ampliados sobre a situação de saúde da população negra, pelos agentes que participam da construção do SUS. O desenvolvimento de ações e estratégias de identificação, combate e prevenção do racismo institucional, deve prever a institucionalização de processos de formação e educação permanente.
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