Sessão Assíncrona


SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

43078 - REGISTRANDO UMA EXPERIÊNCIA PROMOTORA DE SAÚDE: MINIDOCUMENTÁRIO “GUERREIRAS QUILOMBOLAS DO CASTAINHO: NOSSA ANCESTRALIDADE NOS GUIA”
ÂNGELA MARIA PEREIRA - LASAT, INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ-PE. BOLSISTA CNPQ., ALDA MARIA FÉLIX DE BRITO - ASSOCIAÇÃO DE MULHERES GUERREIRAS QUILOMBOLAS DE CASTAINHO, VALMIRA MENDES BARBOSA - ASSOCIAÇÃO DE MULHERES GUERREIRAS QUILOMBOLAS DE CASTAINHO, EDIVANE LOPES ISÍDIO - ASSOCIAÇÃO DE MULHERES GUERREIRAS QUILOMBOLAS DE CASTAINHO, MARIA JOSÉ LOPES ISÍDIO - ASSOCIAÇÃO DE MULHERES GUERREIRAS QUILOMBOLAS DE CASTAINHO, THAIARA DORNELLES LAGO - ATERRA PRODUÇÕES, RENATA CORDEIRO DOMINGOS - LASAT, INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ-PE., ÉDER DOS SANTOS BRAZ - ATERRA PRODUÇÕES, MIGUEL COLAÇO BITTENCOURT - NEPE - LAV / PPGA - UFPE. SABERES SONOROS PRODUÇÕES, ALINE DO MONTE GURGEL - LASAT, INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ-PE.


Período de Realização
O período da experiência (criação e execução) foi de 31 de janeiro a 03 de maio de 2022.


Objeto da experiência
Produção coletiva do Minidocumentário “Guerreiras Quilombolas do Castainho: Nossa Ancestralidade nos guia”.


Objetivos
Relatar a produção coletiva do Minidocumentário “Guerreiras Quilombolas do Castainho: Nossa Ancestralidade nos guia” e compartilhar a experiência do grupo Guerreiras Quilombolas do Castainho como uma experiência promotora de saúde da auto-organização de mulheres negras quilombolas.


Metodologia
Foi realizada uma oficina coletiva para produção do roteiro na Associação de Moradores do Quilombo Castainho, Garanhuns (PE), utilizando quatro pilares para orientar a linha narrativa do filme: identidade, território, ancestralidade e a luta das mulheres. Em dois dias as imagens foram captadas e decupadas pelas mulheres. O material foi editado e renderizado ao longo de dois meses. A produção foi financiada por recurso obtido mediante o edital da Lei emergencial de incentivo à cultura - Aldir Blanc.


Resultados
A experiência resultou na produção de um minidocumentário de 15 minutos e de material de divulgação, disponível no youtube do grupo. Com mais de um mês de estreia, o documentário teve boa repercussão nas páginas das redes sociais, entre as integrantes do grupo e pessoas da comunidade, divulgando a experiência do coletivo, com 1.146 visualizações e comentários em apenas um mês de lançamento, valorizando a potência da resistência do quilombo a partir da história contada pelas mulheres.

Análise Crítica
O SUS e o universo que ele compreende enquanto projeto de sociedade tem muito a contar e a narrar sobre si. As comunidades campesinas e quilombolas são fontes imensas de saberes e histórias que precisam de espaço para serem contadas. O Brasil real, construído por mãos trabalhadoras negras e camponesas, vem avançando para abrir e alargar caminhos onde possa criar suas próprias e diversas narrativas sobre como vivemos e que projeto de país defendemos.


Conclusões e/ou Recomendações
Essa construção coletiva é um marco na história das guerreiras, que partilharam suas potentes histórias por meio desse projeto. Diferentes linguagens de comunicação popular em saúde – especialmente audiovisual –contribuem na construção de outras narrativas sobre os territórios camponeses e quilombolas e sobre a organização feminina como processos promotores de saúde, fortalecimento político dessas comunidades, da saúde do campo e do SUS.