SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
42924 - POLÍTICAS DE SAÚDE NO CONTEXTO DE TRABALHO INFANTIL EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO CAMPO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA MATEUS DOS SANTOS BRITO - UFBA/ISC, ALANE ANDRELINO RIBEIRO - UNB, LORENA ALBUQUERQUE DE MELO - UPE/ESPPE, ALEXSANDRO DE MELO LAURINDO - UFBA/ISC, ITAMAR LAGES - UPE/FENSG
Apresentação/Introdução As políticas sociais na infância encontram desafios por tratar de um momento socialmente vulnerabilizado no ciclo de vida agravados pelas exclusões sociais de povos como quilombolas e indígenas no contexto de trabalho infantil. Na tradução do conhecimento a revisão sistemática pode contribuir na tomada de decisão e formulação de políticas contra barreiras de acesso a saúde de crianças quilombolas.
Objetivos Realizar uma revisão sistemática para a tradução do conhecimento na formulação de políticas públicas intersetoriais de saúde infantil em contextos de trabalho em comunidades quilombolas do campo.
Metodologia Trata-se de uma revisão sistemática qualitativa, realizada de 2021-2022, utilizando artigos, teses e dissertações qualitativas, publicados de 2011-2021, em inglês, espanhol e português. Excluindo estudos urbanos e não quilombolas. Utilizou-se o checklist PRISMA na elaboração do estudo e o acrônimo PICo na definição da pergunta. Os descritores da busca foram baseados no DeCS/MESH junto aos seus respectivos operadores boleanos. As buscas ocorreram na PubMed, Catálogo da CAPES, Health/Social System Evidence, BVS e LILACS, foi realizada ainda a busca manual e no Google Scholar Web Search. Os estudos contaram com a avaliação da qualidade metodológica pelo escore CASP© para estudos qualitativos.
Resultados Foram recolhidos 778 estudos nas bases de dados, sendo incluídos 26 após triagem e elegibilidade. Destes, 25 artigos obtiveram escore acima da metade na avaliação metodológica CASP©, sendo 24 estudos de países de baixa/média renda. Com a análise das evidências científicas para a tradução do conhecimento, surgiram 3 opções para políticas intersetoriais interventoras no problema em estudo, sendo elas: 1) compreender as principais determinações sociais da saúde de crianças quilombolas do campo; 2) fortalecer redes de atenção integral e intercultural à saúde infantil; 3) promover inteligência cooperativa na construção de territórios quilombolas sustentáveis na zona rural.
Conclusões/Considerações As evidências científicas levantadas, elucidaram experiências potentes no enfrentamento do problema em questão. Atestando a necessidade de adequação do sistema e política de saúde de forma intersetorial, com foco na equidade do acesso a direitos sociais de crianças de comunidades quilombolas rurais em contextos de trabalho, além da incorporação de forma intercultural de saberes e práticas tradicionais de cuidado nas políticas públicas.
|