SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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42911 - O COMBATE AO RACISMO NA INFÂNCIA EM TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS: EXPERIÊNCIAS DA RESIDÊNCIA EM SAÚDE DO CAMPO ALEXSANDRO DE MELO LAURINDO - UFBA/ISC, PRISCYLLA ALVES DO NASCIMENTO - UPE, MATEUS DOS SANTOS BRITO - UFBA/ISC, MARIA LEAL LIMA SILVA - UPE, REGINA GABRIELA MESQUITA DIAS - UPE, THAIARA DORNELLES LAGO - UPE, MARCELA MARTINS DA SILVA NASCIMENTO - UFPE, RÚBIA KANANDA SILVA MORAES - UNINASSAU, ALINE SEVERINA DA SILVA BARBOSA - UNIVISA
Período de Realização Ocorreu entre Junho à Dezembro de 2021, nos Territórios Quilombolas de Serra Verde e Chã dos Negros
Objeto da experiência Atividades de Educação em saúde Intersetoriais na perspectiva da educação popular em saúde enquanto estratégia de combate ao racismo na infância.
Objetivos Relatar a experiência de atividades multidisciplinares educativas no período da infância acerca do racismo, desenvolvidas em dois territórios quilombolas do agreste Pernambucano através da Residência Multiprofissional em Saúde da Família do Campo da Universidade de Pernambuco em 2021.
Metodologia Trata-se de um Relato de Experiência a partir de atividades realizadas em escolas quilombolas com a temática do combate ao racismo no contexto infantil (crianças de 3 a 9 anos). Inicialmente foi provocado uma discussão sobre a “cor de pele” com o auxílio dos lápis de cor, seguido da problematização acerca da diversidade de cores e tons de pele através da autopercepção subjetiva e percepção do outro. Gerando, de modo lúdico, reflexão sobre as diversidades raciais.
Resultados Foram observadas em ambas as atividades uma adesão positiva das instituições, equipes de saúde, e turmas escolares, acerca da temática. Gerando uma mobilização coletiva em cada turma objetivando descobrir quais os nomes das “cores” em cheque. Pode-se analisar que a reflexão atingiu as crianças e profissionais, instigando-as a pensar sobre a diversidade de cores de pele de modo individual e coletivo, gerando indagações sobre os atravessamentos do racismo na infância.
Análise Crítica A partir disto, pode-se indagar, como pensar o racismo na infância? como pensar esse questionamento de modo co-participativo? Sendo as crianças atores chave para esse processo, compreende-se que os espaços que as crianças acessam enquanto Educação e Saúde, são os mais estratégicos se pensado de modo transversal e intersetorial, garantindo o acesso na primária infância a questões étnicas/raciais em comunidades rurais quilombolas, forjando-os da criticidade frente a sua própria construção social.
Conclusões e/ou Recomendações Compreendeu-se enquanto efetiva as ações/ atividades territoriais aqui descritas, destacando a importância do trabalho multicultural atrelado ao intersetorial nas redes municipais de saúde, de modo a multiplicar as experiências nesses municípios. Bem como o cuidado específico à saúde e educação de comunidades quilombolas rurais e a respectiva formação em saúde específica para as populações tradicionais. Buscando promover a democratização da saúde.
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