SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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42214 - PREVALÊNCIA DE PRÉ-HIPERTENSÃO E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUILOMBOLAS DA BACIA DO IGUAPE
VIVIANE SILVA DE JESUS - ISC/UFBA, MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO COSTA - ISC/UFBA, LENY ALVES BONFIM TRAD - ISC/UFBA, CLIMENE LAURA DE CAMARGO - PPGENFS/UFBA, JOILDA SILVA NERY - ISC/UFBA, SAMYLLA MAIRA COSTA SIQUEIRA - SMS/SALVADOR
Apresentação/Introdução
A hipertensão Arterial (HA) é uma condição clínica, multifatorial e de alta prevalência caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos. Pode iniciar na infância e é mais prevalente entre negros. Assim, é importante determinar a prevalência de HA em infantojuvenis quilombolas para que intervenções possam ocorrer reverberando, futuramente em redução da prevalência em adultos quilombolas.
Objetivos
Determinar a prevalência de pré-hipertensão (PH) e hipertensão (HA) em crianças e adolescentes quilombolas e analisar características sociodemográficas, comportamentais e de saúde.
Metodologia
Estudo de prevalência realizado com 668 crianças e adolescentes quilombolas de 06 a 19 anos de idade, em comunidades remanescentes de quilombos em Cachoeira-Bahia, 2019. Foram utilizados dados de identificação, sociodemográficos, comportamentais, antropométricos e de pressão arterial (PA). Análises descritivas das variáveis de interesse foram realizadas com base em frequências absolutas e relativas (porcentagem, prevalência). Testes Qui-quadrado de Pearson (χ2) e Exato de Fisher avaliaram possíveis diferenças estatísticas. O projeto deste estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem registrado sob o protocolo número 3.246.060.
Resultados
Entre os 668 participantes 54,3% eram crianças, 51,2% do sexo masculino e 29,4% tinham pressão alterada. A prevalência de PH e HA foi, respectivamente, 12,7% e 14,3% para crianças, e de 12,5% e 15,4% para adolescentes; 14,6% das crianças estavam acima do peso, 10,7% obesas, 12,7% com relação cintura-estatura (RCE)>0,5, 70,1% fisicamente inativos e 88,4% sedentários no lazer; 12,8% dos adolescentes estavam acima do peso, 9,2% eram obesos, 78% inativos, 11,5% apresentavam RCE>0,5 e 92,1% tinham estilo de vida sedentário. Normotensos e com alteração da PA diferiram apenas em relação ao Índice de Massa Corporal (p = 0,007) e RCE (p < 0,001). O consumo de alimentos não saudáveis foi elevado.
Conclusões/Considerações
A prevalência da HA e a exposição a potenciais fatores de risco em crianças e adolescentes quilombolas são altas. Tais fatos são preocupantes e demandam mais estudos para identificar esses fatores e alertar os responsáveis pela Saúde Pública sobre a necessidade de intervenções além do setor saúde, especialmente, quanto à prevenção e controle nas fases iniciais da vida, visando reduzir sua prevalência na idade adulta.
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