Sessão Assíncrona


SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41365 - SAÚDE DA MULHER NEGRA: VIDA, EXISTÊNCIA E RESISTÊNCIAS. O ATRAVESSAMENTO DO RACISMO INSTITUCIONAL NA SAÚDE.
DÉBORA CRISTINA SAMPAIO DO VALLE - UEM, MARIVÂNIA CONCEIÇÃO DE ARAUJO - UEM


Apresentação/Introdução
Este texto tem como impulso apresentar os percursos iniciais da pesquisa acerca da Saúde da Mulher Negra: O atravessamento do racismo institucional na saúde. A pesquisa tem se delineado a partir da evidenciação e reflexão sobre a situação do cuidado em saúde elencando às garantias de acesso, integralidade e equidade à mulheres negras.

Objetivos
Identificar a partir dos discursos de mulheres negras ativistas e militantes do movimento negro a avaliação do atendimento e o acesso à saúde da mulher negra no SUS

Metodologia
A pesquisa se propõe a ouvir e acolher as narrativas de mulheres negras, militantes do movimento negro, por meio da aproximação junto aos movimentos, entrevistas, fomento as escrevivências e análise de narrativas, a avaliação do atendimento em Saúde e o atravessamento do racismo institucional no SUS. Na etapa atual da pesquisa acontece a aproximação com os grupos e/ou coletivos do movimento negro, de modo a identificar as protagonistas da pesquisa. O referencial teórico já vem sendo elaborado e formatado a partir de referências, mulheres negras brasileiras e ainda outras autoras que contribuem com a discussão sobre interseccionalidade, narrativas insurgentes e escrevivências negras

Resultados
Como resultados iniciais podemos elencar a fundamentação e elucidação sobre a temática da saúde da mulher negra. Discussão esta que proporcionou a submissão deste entre outros textos que vinculam o lugar da mulher negra nas políticas públicas. Nesta pesquisa, apontamos o SUS, foco de análise, sobretudo, reconhecendo-o enquanto política pública de extrema importância na configuração do direito social da saúde. Mesmo diante do debate sobre as barreiras de acesso instrumentalizadas no racismo, enumeramos de modo substancial a defesa do SUS em que pese a operacionalização da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e outras estratégias de enfrentamento às iniquidades sociais.

Conclusões/Considerações
Debater a saúde da mulher negra é fundamentar a interseccionalidade como ferramenta e estudo analítico da sociabilidade e denúncia das desigualdades. As políticas de extermínio do povo preto empreendem desde os porões dos navios negreiros, dos sobreviventes do sequestro e do apagamento histórico. O SUS deve atuar na contramão desse viés racista e excludente e substanciar seu compromisso com universalidade, integralidade, equidade e participação.