Sessão Assíncrona


SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41214 - ARTICULAÇÃO DEMOCRÁTICA NA LUTA POR DIREITOS: PERSPECTIVAS DO FÓRUM SOCIAL BRASILEIRO DE ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS E NEGLIGENCIADAS
ELIANA AMORIM DE SOUZA - UFBA, HÉLLEN XAVIER OLIVEIRA - NHR BRASIL, JAQUELINE CARACAS BARBOSA - UFC, JOSÉ ALEXANDRE MENEZES DA SILVA - NHR BRASIL, CARMEM EMMANUELY LEITÃO ARAÚJO - UFC, ALBERTO NOVAES RAMOS JR. - UFC


Período de Realização
Sistematização de perspectivas trazidas pelo Fórum Social nos 7 anos de suas atividades (2016–2022).

Objeto da experiência
Delimitação da constituição e do desenvolvimento das atividades do Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas.

Objetivos
Descrever a experiência inovadora do Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas, como um espaço de fortalecimento de engajamento, participação social, trocas/compartilhamentos e incidência política de movimentos sociais e pessoas acometidas por diferentes DTNs.

Metodologia
Relato sistematizado do processo de desenvolvimento do Fórum como espaço de articulação democrática de movimentos, associações/organizações sociais e universidades. Anualmente, em Congressos de Medicina Tropical, definem-se temas, com planejamento e mobilização compartilhados por quase 20 organizações e movimentos sociais. Em 2020/2021, ocorreram virtualmente pela Covid-19. A cada Fórum aprovam-se suas Cartas com demarcação de contextos e reivindicações ao poder público e segmentos da sociedade.

Resultados
Ao longo dos 6 anos, o Fórum reuniu quase 4 mil participantes das regiões brasileiras, entre pessoas acometidas, lideranças de movimentos sociais, profissionais de saúde, estudantes, professores, pesquisadores e gestores governamentais. Seis Cartas foram sintetizadas e enviadas a governos, lidas e apresentadas em diferentes espaços sociais, além de publicizadas em redes. Duas associações emergiram como representações da Doença de Chagas e Leishmanioses, além das edições de cursos de lideranças.

Análise Crítica
O Fórum tem demonstrado ser um espaço potente para fomentar o empoderamento e a participação social, necessários para romper condições de vulnerabilidade que “produzem” DTNs. A análise das Cartas produzidas demarca a união de esforços e experiências de diversos coletivos e traduz a busca de uma política de saúde que se materialize em um ambiente democrático com foco na humanização e cuidado às pessoas atingidas, famílias e comunidades, sempre em estreita defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).

Conclusões e/ou Recomendações
O Fórum é relevante sobretudo pelo contexto de desigualdade e fragilidade de direitos no Brasil. Os encontros apontam para desafios que foram ampliados a partir das políticas de austeridade e consequente piora de indicadores sociais e da saúde pública no país, indicando que ainda há um longo caminho de lutas para percorrer, fazendo-se necessário o estímulo ao protagonismo das pessoas acometidas e a manutenção deste espaço ao longo de todo o ano.