SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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40655 - PRECONCEITOS E SAÚDE MENTAL: INTERFACE DA DOR EM UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA NO SUL DO BRASIL TAÍS ALVES FARIAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, MICHELE MANDAGARÁ DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LIAMARA DENISE UBESSI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA, RENATO PÓVOA - ARTICULAÇÃO NACIONAL DE MOVIMENTOS E PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE/RS. CÂMARA MUNICIPAL DO CAPÃO DO LEÃO., MICHELE NEVES MENESES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Apresentação/Introdução As comunidades quilombolas possuem grande vulnerabilidade social, principalmente em relação aos cuidados à saúde. O que atinge em diversas situações no processo saúde-adoecimento, onde não recebem ações de prevenção, promoção e atenção à saúde conforme suas necessidades. E também são afetados na saúde mental por preconceitos que acabam interferindo na subjetividade com a produção de sofrimento.
Objetivos Relatar a interferência dos preconceitos na saúde mental dos moradores de uma comunidade quilombola no Sul do Brasil.
Metodologia Trata-se do recorte de uma monografia realizada por uma acadêmica da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas, intitulada “Condições de Saúde de uma Comunidade Quilombola do interior do Rio Grande do Sul”, junto a 24 moradores de uma comunidade quilombola, localizada no interior do município de Piratini/RS, no ano de 2018, através de entrevista semi estruturada. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Enfermagem UFPel sob número do Parecer: 2.619.569.
Resultados Conforme os relatos dos participantes observam-se como sofrem com a diferenciação imposta por pessoas de fora de sua comunidade, causando tristeza, indignação e sofrimento. É nítida a falta de apoio para o acesso facilitado a serviços de saúde que possibilitem a recuperação e entendimento das mais diversas formas de preconceitos sofridos. Muitas vezes são desrespeitados por pessoas que não convivem com suas realidades, causando adoecimentos psicológicos como episódios depressivos, ansiedade e tristeza. Atingidos pelo racismo, desigualdade social e a falta de acesso a informações, acaba por ferindo os protagonistas, causando prejuízos na saúde devida essas agressões relacionais e sociais.
Conclusões/Considerações Os resultados demonstraram que deve ocorrer um resgaste desse grupo populacional e fornecer acesso a serviços de saúde facilitado para permitir que traumas causados por algum tipo de preconceito não prejudique a saúde mental destas pessoas. É inaceitável a invisibilidade da população quilombola que são a história viva do país com seus saberes populares, culturais e que lutam em uma sociedade que ainda perpetua a desigualdade racial e social.
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