SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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40265 - ENTIDADES POLÍTICO - ORGANIZATIVAS DO SERVIÇO SOCIAL E A INTERSECCIONALIDADE NA LUTA ANTIRRACISTA FRANCIELLY MURIA DOS SANTOS - GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO, LOIVA MARA DE OLIVEIRA MACHADO - UFRGS
Apresentação/Introdução Buscamos trazer à luz a implicação do Serviço Social na luta antirracista numa perspectiva interseccional, através de publicações on-line veiculadas pelo conjunto CFESS/CRESS e ABEPSS. É necessário o diálogo das/os assistentes sociais, desde a base da categoria, sobre a pauta antirracista considerando a classe, gênero, sexualidade, de modo a ocupar a agenda de lutas da categoria.
Objetivos Analisar a partir das entidades político-organizativas, a contribuição do Serviço Social, para a construção da luta antirracista, numa perspectiva interseccional, considerando os princípios constitutivos do Código de Ética de 1993.
Metodologia A pesquisa corresponde ao período entre 2000 a 2020, com percurso metodológico inscrito no método do materialismo histórico dialético histórico. As técnicas de coleta de dados foram: (1) pesquisa documental em fontes online, nos sites institucionais, referente a documentos publicados pelo Conselho Federal de Serviço Social – CFESS, por meio do CFESS Manifesta e lives publicadas pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - TV ABEPSS; (2) pesquisa bibliográfica na Revista Temporalis. Foram definidos como descritores de pesquisa: racismo estrutural, luta antirracista e movimentos sociais negros. A análise de dados foi desenvolvida com a técnica de análise de conteúdo.
Resultados Apreender a relação entre diferentes opressões (raça-gênero-classe) demanda analisar de forma mais abrangente o chão da realidade das/os usuárias/os das políticas sociais. O Serviço Social tem construído posicionamentos e normativas que expressam o direcionamento à uma forma de sociabilidade antirracista, anticapitalista, e anti heteropatriarcal. Todavia identifica-se com a pesquisa que o conservadorismo está presente desde os primórdios da profissão e não foi superado completamente. Ser assistente social não torna as/os profissionais imunes à reprodução das opressões. A defesa do projeto ético-político profissional requer o combate a todas as formas de exploração e opressão.
Conclusões/Considerações Os resultados da pesquisa indicam que o Serviço Social tem condições de avançar no debate-ação na luta antirracista, considerando a relação indissociável entre formação-trabalho profissional. É preciso construir hegemonicamente um posicionamento ético-político em torno do antirracismo, por meio de ações concretas inscritas nas bandeiras de lutas construídas pelas entidades político-organizativas. A luta antirracista é uma luta anticapitalista!
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