SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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39776 - RACISMO, PERSPECTIVA INTERSECCIONAL E TRABALHO NO SUS LETÍCIA BATISTA DA SILVA - EPSJV-FIOCRUZ E UFF, REGIMARINA SOARES REIS - EPSJV-FIOCRUZ, DANIEL DE SOUZA CAMPOS - UFRJ, MAGALI DA SILVA ALMEIDA - UFBA, MARCOS VINÍCIUS RIBEIRO DE ARAÚJO - UFBA, JUSSARA FRANCISCA DE ASSIS - UFF, ROSELI ROCHA - IFF-FIOCRUZ
Apresentação/Introdução O racismo é produzido e reproduzido socialmente, está presente direta ou indiretamente no cotidiano das instituições, dentre elas os serviços de saúde do SUS. Apresentamos resultados parciais do estudo “Formação, Trabalho em Saúde e Racismo Estrutural: experiências de trabalhadoras e trabalhadores negros atuando nas capitais Rio de Janeiro e Salvador”, parceria Fiocruz, UFBA, UFF e UFRJ.
Objetivos Analisar experiências de formação e trabalho de técnicas/os e enfermagem, enfermeiras/os, assistentes sociais e médicas/os negros que atuam no SUS, na APS, nas capitais Rio de Janeiro e Salvador à luz do debate do racismo estrutural e institucional.
Metodologia Trata-se da utilização do método histórico-dialético, numa abordagem qualitativa e tendo como metodológica a técnica do grupo focal realizados por categoria profissional virtualmente e por cidade – Rio de Janeiro e Salvador –, sendo previstos então 8 grupos focais, considerando as duas cidades e as quatro categorias profissionais envolvidas no estudo. Cada grupo focal agendados em dias e horários convenientes aos seus participantes e composto por 6 a 8 profissionais. Os participantes, após a assinatura do TCLE, receberam previamente o roteiro da entrevista coletiva. O método de análise é a análise de conteúdo, na modalidade temática, trabalhando com categorização por unidades de sentido.
Resultados Partido do reconhecimento do racismo como estrutural e estruturante das relações sociais na particularidade brasileira e lançando um olhar para profissionais de saúde negros e negras atuando no SUS, os resultados parciais apontam a indissociabilidade entre determinações históricas e sociais e a produção da saúde em suas dimensões objetiva e subjetiva. Em que pese alguns avanços de ordem jurídico legal como a instituição da PNSIPN, o que se observa são parcos avanços frente à realidade social e as necessidades de saúde da população negra. É necessário avançar no debate sobre o racismo estrutural e institucional no âmbito do SUS, assim como na construção de currículos e práticas antirracistas.
Conclusões/Considerações É necessário que avancemos na compreensão das formas de como o racismo atravessa os processos de trabalho em saúde, assim como de suas repercussões. Uma perspectiva antirracista no SUS não apenas descreve os fatos, mas sim exige que coloquemos em movimento a pesquisa e a intervenção, em ação dialética e dialógica entre trabalhadores e trabalhadoras do SUS, usuários/as e a gestão.
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