SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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39581 - REPRESENTATIVIDADE EM DADOS: UMA DISCUSSÃO SOBRE O PERTENCIMENTO ÉTNICO-RACIAL NOS DADOS DE COVID-19 PUBLICIZADOS PELO GOVERNO DE PERNAMBUCO. THIAGO HENRIQUE DA SILVA BRITO - UFPE, GABRIELA LAIZA CANDIDO DA SILVA - UPE, MEIRIEDNA QUEIROZ MOTA - UFPE
Apresentação/Introdução A Covid – 19 revisitou diversas questões de representatividade, evidenciando a importância de sentir-se imerso no discurso através dos dados apresentados. Haja vista a modalidade redatorial de divulgação dos dados da covid-19 em Pernambuco, mostra-se necessária a construção de uma comunicação efetiva e direcional, que crie um sentimento de pertencimento direcionado ao ser receptor.
Objetivos Discutir a transparência dos dados étnicos apresentados nos relatórios epidemiológicos do estado de Pernambuco, a luz da experiência do estado durante a Pandemia da Covid-19, visando atentar a representação destes dados de forma ampla.
Metodologia Pesquisa aplicada, explicativa, tendo por finalidade registrar, analisar e interpretar os fenômenos que tangem a representatividade racial durante a pandemia da covid-19 em Pernambuco, buscando de identificar as razões e fatores determinantes para a sua causa 16,17, para alcançar o objetivo proposto foram usados procedimentos bibliográfico e documental. A abordagem do presente trabalho é de caráter quantitativo, observacional, de corte transversal utilizando as bases de dados disponibilizadas pela Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco. Foi realizada a padronização e quantificação dos dados e a posteriori estes foram indexados na plataforma PowerBI para análise e geração de Insights.
Resultados Identificou-se que de 13 de março de 2020 a 15 de março de 2021 foram registrados no e-SUS 307 mil novos casos de Covid-19 no estado de Pernambuco, onde 157.744 são identificados como pretos/pardos, 72.231 como brancos, 22.498 como amarelo, 1.150 como indígena e destes 307 mil, 53.513 tiveram os dados de raça e cor não preenchidos ou ignorado. 28 mil foram dados relacionados a raça/cor de pessoas do sexo feminino e 26 mil do sexo masculino e 31 tiveram o sexo identificado como “indefinido”. 26.313 pessoas do sexo feminino e 23.584 do sexo masculino, tiveram a evolução do caso para cura, enquanto 1.566 e 2.019 pessoas do sexo feminino e masculino sucessivamente categorizou-se como “em branco”
Conclusões/Considerações A falta de dados relacionados a Raça/cor bem como sua categorização atribuída como “ignorado”, negligência de forma direta as diretrizes impostas pela PNSIPN 11, inviabiliza estudos referente ao alcance da pandemia em comunidades e etnias distintas e reafirma a exclusão e o não pertencimento de grupos sociais periféricos dentro das tomadas de decisão do governo para com a sociedade.
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