SA13.2 - INTERSECCIONALIADE, DIREITOS HUMANOS: O RACISMO NA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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38806 - GÊNERO, RAÇA E CLASSE: OS IMPACTOS DA INTERSECCIONALIDADE DAS OPRESSÕES NO PROCESSO DE ADOECIMENTO PRECOCE DAS MULHERES NEGRAS NO BRASIL MONICA DA SILVA PEREIRA - ESPPE
Apresentação/Introdução Historicamente postas em papéis de subalternidade, as mulheres negras encontram na interseccionalidade das opressões, fatores determinantes para a sua perpetuação na base da pirâmide social brasileira, que as mantêm em condições de vulnerabilidade sócio-econômica, fazendo com que estas enfrentem processos de adoecimento precoce e não sejam integralmente abarcadas nas políticas sociais do país.
Objetivos Este artigo objetiva analisar as condições de saúde das mulheres negras na contemporaneidade, considerando a interseccionalidade das opressões de gênero, raça e classe como fatores determinantes para o processo de adoecimento precoce na vida destas.
Metodologia De acordo com os debates nos quais se propõe, da problemática na qual se aproxima, da sua amplitude, e do seu objeto de estudo, este trabalho possui abordagem qualitativa, com enfoque bibliográfico.
Mediante as etapas que foram realizadas, o presente estudo encadeou processos como: seleção de literatura especializada, levantamento de material bibliográfico complementar como, artigos, teses, reportagens, matérias jornalísticas e periódicos inseridos em meios eletrônicos de autores que debatem as temáticas acerca das políticas públicas de saúde, das desigualdades sociais, raciais e de gênero. Assim, como também foi desenvolvida a leitura qualificada e análise crítica dos dados coletados.
Resultados Observamos que para as mulheres negras houve uma imposição estrutural da manutenção das atividades desenvolvidas no período colonial e tal permanência, implica no acesso das mulheres negras às políticas públicas dos mais diversos setores, sobretudo às abarcadas no conceito ampliado de saúde. Para além das condições de vulnerabilidade social, o racismo se apresenta como um determinante social de adoecimento e morte, como aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para Borret (Brasil, 2020) as extensas jornadas de trabalho, reduzem a possibilidade das mulheres negras conseguirem acessar a saúde em sua integralidade, as afastando do cuidado contínuo, logo, as levando ao adoecimento precoce.
Conclusões/Considerações Considerando que as mulheres negras perpassam o início precoce e saída tardia do mercado de trabalho em condições de subemprego que as conduzem ao adoecimento precoce, julgamos necessárias políticas públicas sociais com recorte de gênero e raça para que dessa forma possamos visualizar a construção da equidade social e racial, a fim de reparar e visibilizar a vida das mulheres negras no Brasil.
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